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Política

Ex-comandante do Exército diz não saber por que foi demitido por Lula após atos de 8 de janeiro

General Júlio Cesar de Arruda alegou desconhecer razões da exoneração e negou ter impedido ação da PM no QG; STF apura tentativa de golpe

22/05/2025 às 14:03 por Redação Plox

Em depoimento prestado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (22), o ex-comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, afirmou que não sabe o motivo de sua exoneração pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, decisão tomada apenas 21 dias após o início do atual mandato presidencial.


Imagem Foto: Marcos Correa/ PR

Durante a audiência, realizada por videoconferência e conduzida pela Primeira Turma do STF, Arruda foi questionado pela defesa do general Braga Netto. Em resposta, disse: “Vou ser sincero: não sei. Essa pergunta tem que ser feita a quem me nomeou e quem me exonerou”.


Arruda ocupou o cargo no início do terceiro mandato de Lula, mas foi dispensado em 21 de janeiro de 2023. Entre os pontos que pesaram contra ele, estavam a recusa em revogar a nomeação de Mauro Cid para o comando do 1º Batalhão de Ações e Comandos, em Goiânia, e a demora na desmobilização do acampamento montado por bolsonaristas em frente ao Quartel General do Exército, bem como na prisão dos manifestantes após os atos golpistas.


O procurador-geral da República, Paulo Gonet, questionou Arruda sobre a alegada obstrução da entrada de policiais militares no QG, o que teria dificultado o cumprimento de ordem judicial para prender os manifestantes. O general alegou que buscava uma entrada coordenada e não impediu a ação: “Chamei o interventor Ricardo Cappelli, conversamos para acertar. Sentamos com os ministros Flavio Dino, Rui Costa e José Múcio para definir o que seria feito”.


Arruda também respondeu sobre a frase atribuída a ele pelo coronel Fábio Augusto, da PMDF, na noite de 8 de janeiro: “O senhor sabe que minha tropa é maior que a sua”. O general negou recordar-se da declaração e reforçou que seu papel era manter a ordem.


O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, destacou que a ordem para prisão partiu dele. Além de Arruda, outras sete testemunhas indicadas por Mauro Cid foram ouvidas pelo STF nesta quinta-feira, como parte da investigação sobre a tentativa de golpe em 2022.


A investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que Jair Bolsonaro sabia do plano conhecido como “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato de Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes. A PGR também sustenta que Bolsonaro conhecia a “minuta do golpe”, documento que detalhava como o plano seria executado.


Até o momento, 31 dos 34 denunciados pela PGR foram processados. Entre eles está o ex-comandante da Marinha, almirante de esquadra Almir Garnier Santos, citado por ter colocado tropas à disposição de Bolsonaro para apoiar a tentativa golpista, conforme relatado pelo ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior.


Baptista Junior afirmou ainda que tanto ele quanto o então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, se opuseram ao plano. Em uma reunião no Palácio da Alvorada, Freire Gomes teria dito a Bolsonaro: “Se o senhor fizer isso, vou ter que te prender”.


No entanto, em depoimento dado ao STF na segunda-feira (19), Freire Gomes esclareceu que não deu voz de prisão ao ex-presidente, mas alertou que o Exército não participaria de nenhuma ação fora do previsto pela Constituição.


As investigações seguem em curso sob relatoria de Alexandre de Moraes.


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