Jovem morre em academia no Rio após mal súbito e falta de desfibrilador
Dayane de Jesus, de 22 anos, passou mal durante treino em Copacabana e não resistiu. Polícia interditou o local por descumprimento de normas de emergência
Por Plox
22/05/2025 13h44 - Atualizado há 1 dia
Uma tragédia abalou a Zona Sul do Rio de Janeiro na noite desta terça-feira (20), quando a estudante universitária Dayane de Jesus, de apenas 22 anos, morreu após sofrer um mal súbito enquanto treinava em uma academia no bairro de Copacabana.

Apesar da gravidade da situação, testemunhas relataram que o local não possuía um desfibrilador, equipamento obrigatório por lei em centros de treinamento físico. O aparelho poderia ter sido fundamental para tentar reverter o quadro clínico da jovem. A ausência do equipamento resultou na interdição imediata do estabelecimento pela Polícia Civil na tarde de quarta-feira (21), por descumprimento de normas administrativas voltadas ao socorro emergencial.
Imagens captadas pelas câmeras de segurança da academia registraram o momento em que frequentadores tentaram prestar os primeiros socorros à jovem. Um dos alunos que auxiliavam era médico e chegou a solicitar o desfibrilador, que, no entanto, não estava disponível.
A legislação vigente no estado do Rio de Janeiro, sancionada em 2021 e ampliada em 2022, exige que academias tenham ao menos um desfibrilador para uso imediato, além de prever o treinamento adequado de funcionários para o manuseio do equipamento.
Dayane era aluna do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e, segundo amigos, estava no último período da graduação. Ela também havia estudado no tradicional Colégio Pedro II. De origem periférica, a jovem era vista por seus colegas como exemplo de dedicação e superação.
“Ela tava no último período da faculdade. Uma menina esforçada e de muito orgulho para os pais. Realmente, era uma grande mulher”, afirmou emocionado o amigo Rafael D’Ávila.
Informações iniciais apontam que Dayane possuía um histórico de problemas cardíacos, embora os exames estivessem atualizados. O delegado Angelo Lages, responsável pelo caso, destacou a necessidade de apurar se a presença do desfibrilador poderia ter evitado a morte da jovem.
A documentação relativa à interdição da academia foi encaminhada à Prefeitura do Rio, que deverá aplicar a multa pela infração. A Polícia Civil prossegue com as investigações e pretende ouvir as testemunhas que estavam no local no momento do ocorrido.