Moraes ignora ameaça de sanções dos EUA e mantém postura serena

Ministro do STF não deve reagir às declarações de Marco Rubio, enquanto outros integrantes da Corte esperam resposta diplomática

Por Plox

22/05/2025 19h22 - Atualizado há 1 dia

O ministro Alexandre de Moraes, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), demonstrou serenidade diante das recentes declarações feitas pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio. Mesmo com a possibilidade de sofrer sanções por parte do governo norte-americano, Moraes não pretende reagir às falas do político estrangeiro e seguirá exercendo suas funções no Judiciário com a tranquilidade habitual.


Imagem Foto: STF


As informações foram divulgadas pela colunista Bela Megale, que revelou nesta quinta-feira (22) que, segundo interlocutores próximos ao magistrado e colegas de Corte, a postura de Moraes permanecerá inalterada, independentemente das pressões externas. Ele continuará atuando normalmente em suas decisões, como de costume.



Nos bastidores do STF, no entanto, o clima é de indignação. Ministros da Corte manifestaram descontentamento com o teor das falas vindas de Washington, embora tenham avaliado que a resposta adequada deve ser conduzida por canais diplomáticos, ficando a cargo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.



A polêmica teve início durante uma audiência no Congresso americano, na quarta-feira (21), quando Marco Rubio foi questionado pelo deputado republicano Cory Mills sobre a possibilidade de sanções contra Moraes. Rubio respondeu de forma direta:
\"Isso está sendo analisado agora e há uma grande possibilidade de que isso aconteça\"

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Durante a sessão, foi mencionada a chamada Lei Magnitsky, instrumento legal dos Estados Unidos que permite a imposição de sanções a autoridades estrangeiras envolvidas em casos de corrupção ou violações de direitos humanos. As medidas incluem congelamento de bens em solo americano e a proibição de entrada no país.


O episódio repercutiu com força nos meios políticos e jurídicos do Brasil, acirrando o debate sobre soberania e ingerência internacional, mas Moraes, ao menos por enquanto, escolheu o silêncio como resposta.


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