Senado destina R$ 80 milhões para aluguel de carros de luxo

Contrato inclui SUVs zero quilômetro, minivan e serviços como combustível, manutenção e seguro por cinco anos

Por Plox

22/05/2025 08h34 - Atualizado há 1 dia

O Senado Federal reservou mais de R$ 80 milhões para custear o aluguel de veículos de alto padrão, em contrato com duração prevista de cinco anos. O documento prevê uma frota composta por 79 carros do tipo SUV, todos da marca Chevrolet, modelo Equinox, zero quilômetro e com cor preta, além de uma minivan incluída no pacote.


Imagem Foto: Agência Senado


Os veículos serão utilizados no Distrito Federal para o transporte dos senadores e da alta direção da Casa. Segundo o próprio pedido, o objetivo é garantir serviços de transporte que atendam às necessidades parlamentares com veículos compatíveis com o nível de representação exigido.


A contratação não se limita ao fornecimento dos carros. A verba inclui combustível, manutenção periódica, lavagem e higienização dos veículos, pagamento de seguros, taxas e todos os impostos relacionados à frota.



O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), também anunciou recentemente a contratação de uma agência de publicidade para atuar na melhoria da imagem institucional da Casa. O contrato, que pode alcançar R$ 90 milhões, contempla anúncios na televisão e em veículos tradicionais de comunicação.


A movimentação ocorre em meio a críticas da sociedade sobre os gastos públicos, especialmente com despesas consideradas supérfluas diante de outras prioridades nacionais.


A justificativa oficial da Casa destaca que os investimentos são necessários para o bom desempenho das atividades parlamentares, mas os números levantam questionamentos quanto à proporcionalidade e necessidade desses recursos.



“A presente contratação tem por objetivo prover os serviços de transporte dos senadores e alta direção da Casa”

, justificou o Senado no edital. No entanto, o gasto com carros de luxo e publicidade ocorre num momento em que diversos setores públicos enfrentam cortes orçamentários, o que intensifica a polêmica sobre a destinação dessas verbas.
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