Evelyn Jasmim: Um ano de mistério e angústia

Menina de 8 anos foi sequestrada em Sabará durante uma emboscada que resultou na morte de sua mãe e da proprietária do salão de beleza. Polícia ainda não encontrou pistas sobre seu paradeiro

Por Plox

22/06/2024 14h40 - Atualizado há 4 meses

Um ano após o sequestro de Evelyn Jasmim Machado Acacio, de 8 anos, em Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte, seu paradeiro continua desconhecido. A menina foi levada durante uma emboscada em um salão de beleza, onde sua mãe, Katlyn Oliveira, e a proprietária do salão, Ana Raquel de Brito, foram assassinadas. A Polícia Civil de Minas Gerais mantém a investigação sob sigilo, afirmando que informações serão divulgadas apenas ao término dos procedimentos.

Em 21 de junho de 2023, Evelyn e Katlyn estavam no salão de beleza no Bairro General Carneiro quando foram surpreendidas por criminosos. Câmeras de segurança registraram o momento em que Katlyn foi abordada na rua e baleada. Seu corpo foi encontrado no Bairro Nações Unidas, também em Sabará.

O caso ganhou novos desdobramentos em setembro, quando Max Soares Silva, de 37 anos, foi preso em São Paulo. Ele confessou ter ordenado a morte de Katlyn e Ana Raquel e afirmou ter entregado Evelyn a terceiros, sem saber seu destino. Max, junto com Sildirley Silva Acacio Machado, pai de Evelyn, teria envolvimento com o tráfico de drogas na região de Belo Horizonte.

Outros quatro homens também foram presos, suspeitos de participação no crime. Eles foram encontrados em diferentes localidades, incluindo Belo Horizonte, Ribeirão das Neves e Ipatinga. O delegado Carlos Eduardo Vieira Nunes destacou que encontrar Evelyn continua sendo uma prioridade para a corporação.

A motivação do crime ainda não foi totalmente esclarecida pela Polícia Civil. No entanto, publicações de Katlyn em redes sociais em abril de 2022 sugerem que desavenças com amigos de seu ex-marido, Sildirley, atualmente preso, podem ter contribuído. Katlyn havia exposto nas redes sociais os homens que considerava responsáveis pela morte de seu namorado, Nahelton, conhecido como “Junim”, alegando que o crime foi ordenado por Max devido a seu novo relacionamento.

Além das tensões com Max, Katlyn também enfrentava conflitos com Sildirley, com quem teve uma separação conturbada. Em suas postagens, ela relatou ter sido pressionada por amigos do ex-marido por ter se envolvido com outra pessoa. No dia seguinte à emboscada, um celular foi encontrado na cela de Sildirley na Penitenciária de Francisco de Sá, levantando suspeitas sobre sua possível participação no crime.

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