Pacientes com câncer de mama têm novo tratamento no Brasil

Novidade é considerada pela comunidade científica o maior avanço em 15 anos

Por Plox

22/07/2019 09h37 - Atualizado há quase 5 anos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo tratamento para pacientes com câncer de mama do tipo HER2-positivo em estágio inicial que apresentam doença residual invasiva, mesmo depois de passar por terapia medicamentosa prévia à cirurgia.

Produzido pela Roche, o medicamento chamado T-DM1, reduziu em até 50% o risco do retorno do câncer ou morte nos pacientes que fizeram o uso, conforme os dados do estudo Katherine, publicados em dezembro no New England Journal of Medicine, que dão embasamento à decisão da agência regulatória brasileira.

O medicamento é injetável e tem uma precisão que permite que as pacientes apresentem efeitos colaterais menores, se comparado à quimioterapia tradicional. No estudo Katherine, em três anos, 88,3% das pacientes tratadas não tiveram retorno do câncer de mama ou morte comparados a 77% tratadas com a terapia padrão anterior.

(Foto: divulgacao Hipertexto)

(Foto: Divulgacao Hipertexto)

O oncologista clínico do Hospital Sírio-Libanês, que participou do estudo, Max Mano, avalia que "esta é a primeira terapia anti-HER2 aprovada especificamente para essas pacientes, que possuem maior risco de recorrência do tumor. Os resultados são promissores e colocam o T-DM1 como o novo padrão de tratamento para esses casos. É a principal mudança na prática clínica em face da doença HER2 super expressa desde o lançamento do trastuzumabe no contexto adjuvante (após a cirurgia), há quase 15 anos", relata.

Atualizado às 10h30

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