Europol adverte sobre aumento de pornografia infantil gerada por IA

Criminosos utilizam ferramentas de inteligência artificial para fraudes e criação de cenas explícitas de menores, alerta Europol.

Por Plox

22/07/2024 11h44 - Atualizado há cerca de 2 meses

A Europol, agência policial europeia, divulgou um alerta nesta segunda-feira (22) sobre o uso crescente de inteligência artificial (IA) para a criação de pornografia infantil online. Segundo a agência, o avanço dessas tecnologias tornará cada vez mais difícil a identificação das vítimas reais.

Delitos cibernéticos em ascensão Os criminosos estão se aproveitando das ferramentas de IA não só para fraudes na internet e ataques cibernéticos, mas também para a criação de imagens explícitas de menores. Em um relatório de 37 páginas, a Europol destacou a existência de denúncias de "material de abuso sexual infantil gerado e assistido por IA".

Proliferação de material ilícito A Europol, sediada em Haia, alertou que "o uso da IA que permite aos abusadores gerar e alterar o material de pornografia infantil, está destinado a se proliferar ainda mais em um futuro próximo". A agência também destacou que as imagens pornográficas criadas por IA "aumentam a quantidade de material ilícito em circulação e complicam a identificação das vítimas e dos autores".

Exploração infantil online De acordo com uma investigação da Universidade de Edimburgo, mais de 30 milhões de crianças foram vítimas de exploração e abusos sexuais na internet no último ano. Os crimes variam desde a chamada sextorção, onde criminosos exigem dinheiro das vítimas para não divulgar imagens privadas, até o uso de IA para criar deepfakes, vídeos falsos, segundo o programa Childlight Global Safety Institute.

Impacto global e crescente preocupação O crescimento da IA tem gerado temores globais quanto ao seu uso mal-intencionado. "O volume de material sexual autogerado constitui agora uma parte significativa e crescente do material de abuso sexual de menores disponível on-line", afirmou a Europol. A agência enfatizou que, mesmo que o conteúdo seja totalmente artificial e não represente uma vítima real, ele ainda contribui para a objetificação e sexualização das crianças.

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