Polícia prende criminoso envolvido no sequestro da filha de Silvio Santos em SP
Ação policial em Itaquera resulta na captura de dois homens ligados ao tráfico de drogas e jogos de azar
Por Plox
22/08/2024 08h09 - Atualizado há 9 meses
Um dos sequestradores envolvidos no infame sequestro de Patrícia Abravanel, filha do apresentador Silvio Santos, em 2001, foi preso novamente na última quarta-feira (21) em Itaquera, zona leste de São Paulo. Ele foi detido junto com outro homem em uma operação conduzida por policiais do 32º Distrito Policial (Itaquera), que flagrou a dupla envolvida em crimes de tráfico de drogas e exploração de jogos de azar.

Detenção e apreensões
Durante a abordagem, os agentes encontraram os homens comercializando drogas e descobriram um bar dentro de um imóvel, onde foram localizadas máquinas caça-níqueis. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou a prisão e informou que a ocorrência está em andamento, com mais detalhes a serem divulgados após a finalização do boletim de ocorrência. Os nomes dos suspeitos ainda não foram revelados.
O sequestro de Patrícia Abravanel e Silvio Santos
Patrícia Abravanel, filha de Silvio Santos e Íris Abravanel, foi mantida em cativeiro por cerca de uma semana em 2001, após ser sequestrada por criminosos liderados por Fernando Dutra Pinto. Após o pagamento de um resgate de R$ 500 mil, a apresentadora foi libertada. Fernando Dutra Pinto, o principal responsável, conseguiu fugir inicialmente, mas dois comparsas, Marcelo Batista Santos e Esdras Dutra Pinto, foram presos logo após a libertação de Patrícia.
O ataque à mansão de Silvio Santos
Fernando Dutra Pinto e sua namorada, Jennifer, invadiram a mansão de Silvio Santos em 30 de agosto de 2001, poucos dias após o sequestro de Patrícia. Na ocasião, o empresário, sua esposa Íris, suas filhas e funcionários da casa foram feitos reféns. Fernando manteve Silvio Santos sob ameaça por cerca de oito horas, exigindo um helicóptero para a fuga e recusando-se a negociar com a polícia.
A situação só foi resolvida após a intervenção do então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que garantiu a integridade física do sequestrador, levando à libertação de Silvio Santos e à rendição de Fernando.
Morte e controvérsia
Fernando Dutra Pinto morreu quatro meses após ser capturado, enquanto cumpria pena em uma penitenciária de São Paulo. Oficialmente, a causa da morte foi uma parada cardiorrespiratória provocada por pneumonia bacteriana. No entanto, um relatório da ONG Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos alegou que Fernando foi vítima de tortura e negligência médica na prisão. Segundo o relatório, ele teria sido agredido por agentes penitenciários, resultando em uma lesão no ombro, e sofreu outras formas de violência, incluindo banhos de água fria.
Prisões subsequentes
Em abril de 2003, a polícia prendeu Marcos Bezerra Santos, irmão de Marcelo Batista Santos, o último membro da quadrilha que estava foragido após o sequestro. A captura de Marcos marcou o encerramento das buscas pelos envolvidos no crime que chocou o país.