MP solicita prisão de Sidney Oliveira por falta de pagamento de fiança

O empresário Sidney Oliveira, fundador da Ultrafarma, voltou ao centro das atenções judiciais nesta semana. O Ministério Público de São Paulo apresentou novo pedido de prisão contra ele nesta quinta-feira (21), alegando que o valor de R$ 25 milhões fixado como fiança ainda não foi pago.

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"Contaram errado, o prazo é amanhã", declarou o defensor, sem garantir, contudo, que o pagamento será efetivamente realizado.

Em meio às discussões, o Ministério Público também destacou que outro investigado, Mario Otávio Gomes, diretor da Fast Shop, obteve decisão favorável no Tribunal de Justiça de São Paulo. A 11ª Câmara de Direito Criminal concedeu habeas corpus que suspende a obrigatoriedade do pagamento da fiança, igualmente fixada em R$ 25 milhões.

O caso está vinculado à Operação Ícaro, deflagrada em 12 de agosto. A investigação apontou um esquema de corrupção que envolvia auditores fiscais tributários da Secretaria da Fazenda paulista. Segundo o Gedec (Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos), a fraude, iniciada em maio de 2021, consistia em manipular o ressarcimento de créditos de ICMS. O esquema teria rendido mais de R$ 1 bilhão em propinas a um dos fiscais.

Durante a operação, foram presos o empresário Sidney Oliveira, o executivo Mario Otávio Gomes e um auditor da Fazenda estadual. As investigações revelam que empresas do varejo, como a Ultrafarma e a Fast Shop, teriam sido beneficiadas em troca de vantagens ilícitas.

Agora, o desfecho imediato depende da interpretação sobre o prazo da fiança e de um possível pagamento até o fim desta sexta-feira.