Professora que agrediu criança de 4 anos com pilha de livros é presa; relembre o caso
Leonice Batista dos Santos, de 49 anos, foi presa preventivamente em Palmeira das Missões após imagens mostrarem agressão dentro de escola em Caxias do Sul
Por Plox
22/08/2025 15h34 - Atualizado há 4 dias
A professora Leonice Batista dos Santos, de 49 anos, foi presa preventivamente na manhã desta sexta-feira (22) em Palmeira das Missões, no Norte do Rio Grande do Sul. Ela havia sido filmada agredindo um menino de 4 anos com uma pilha de livros dentro de uma escola em Caxias do Sul, na Serra gaúcha.
De acordo com a Polícia Civil, o caso ocorreu na última segunda-feira (18). Nas imagens de segurança da instituição, é possível ver a professora gritando com a criança antes de atingi-la com os livros. O impacto causou a perda de um dente e o comprometimento de outros cinco, exigindo o uso de aparelho ortodôntico.
A delegada responsável pelo caso, Thalita Giacomiti Andriche, instaurou inquérito por maus-tratos qualificados pela lesão grave, mas não descarta a possibilidade de enquadrar o crime como tortura. Na delegacia, Leonice permaneceu em silêncio durante o interrogatório, acompanhada de um advogado, que informou que será solicitado habeas corpus.
A Escola Infantil Xodó da Vovó, onde ocorreu a agressão, demitiu a professora imediatamente após verificar as imagens e entregou o material à polícia. A direção acompanhou os pais até a delegacia e divulgou nota reafirmando seu compromisso com a segurança e o bem-estar dos alunos.
Os pais da criança relataram que, inicialmente, a educadora tentou justificar os ferimentos alegando que o menino teria caído no banheiro. No entanto, após avaliação de uma dentista, os familiares desconfiaram da versão e solicitaram as imagens da câmera de segurança, que confirmaram a agressão.
O menino passa por tratamento odontológico e segue em recuperação, mas enfrenta restrições alimentares e emocionais. Segundo os pais, ele apresenta medo e está mais sensível a barulhos, refletindo o trauma sofrido.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil e reforça a mobilização da comunidade em busca de justiça para a vítima.