Menino de 6 anos clama por ajuda antes de ser decapitado pela mãe em João Pessoa
Vizinho relata as últimas palavras de Miguel Ryan, que foram ouvidas momentos antes do trágico crime.
Por Plox
22/09/2024 09h32 - Atualizado há 9 meses
Miguel Ryan, de apenas 6 anos, teve suas últimas palavras marcadas por um grito desesperado: “Eu te amo, mamãe, eu vou morrer”. Segundo um vizinho que testemunhou a movimentação na casa da família, essas palavras antecederam o momento em que a criança foi brutalmente decapitada pela própria mãe. O caso ocorreu na sexta-feira, 20 de setembro, em João Pessoa, Paraíba, e chocou a comunidade local.

Testemunho do vizinho e chegada da polícia
O vizinho, em entrevista à TV Record, contou que, inicialmente, não suspeitou que algo tão grave estivesse acontecendo. “Ele começou a gritar forte, pedindo socorro. [Ele falava] ‘Eu te amo, mamãe, eu te amo. Eu vou morrer’. Eu imaginei que o menino tinha problema psicológico ou que ela não estava em casa”, relatou o homem, que optou por não revelar sua identidade.
Ao perceber que a situação se agravava, ele decidiu acionar a polícia. Quando os policiais chegaram à residência, já era tarde demais. A mãe foi encontrada segurando a cabeça decapitada de seu filho no colo. Os militares relataram que a cena era chocante e que a criança já estava morta.
Ação policial e estado da mãe
A Polícia Militar da Paraíba, ao chegar ao local, encontrou a mulher ainda com uma faca nas mãos. A suspeita, que apresentava claros sinais de instabilidade mental, tentou se suicidar ao ver os agentes, mas foi impedida quando os policiais atiraram em sua perna para imobilizá-la. Ela foi levada em estado grave para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, onde permanece sob custódia.
A suspeita, mãe de Miguel, já havia passado por internações em unidades de saúde mental, tendo sido atendida em hospitais da capital paraibana anteriormente. Um ano antes do crime, ela foi internada por uma semana, mas liberada após apresentar melhora. Segundo relatos de familiares, a mulher se recusava a continuar com o tratamento medicamentoso, afirmando que “estava bem de saúde”. Eles também afirmaram que já haviam sido ameaçados por ela no passado.
Enterro e repercussão
O corpo de Miguel foi sepultado neste sábado, 21 de setembro, em Itambé, Pernambuco, cidade próxima à João Pessoa. A tragédia deixou a comunidade em choque, e o caso levantou discussões sobre a necessidade de acompanhamento contínuo para pessoas com histórico de distúrbios mentais.
Vizinhos do bairro de Mangabeira, onde o crime ocorreu, contaram que a mulher e seu filho haviam se mudado para a casa há apenas três meses.