Pacheco critica sanções dos EUA à esposa de Moraes

A mais recente medida tomada pelo governo dos Estados Unidos contra figuras ligadas ao Judiciário brasileiro provocou reações imediatas no meio político nacional. Nesta segunda-feira (22), o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado, manifestou apoio à advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após ela ser incluída na lista de sancionados da Lei Magnitsky.

Foto: Agência Brasil

Viviane foi alvo das sanções do Departamento do Tesouro norte-americano, que também atingiram sua empresa, o Lex Instituto de Estudos Jurídicos Ltda. A decisão, de acordo com o governo americano, foi motivada pela atuação dela em supostos atos que violariam os direitos humanos, enquadrando-se assim nos critérios da legislação sancionatória dos EUA.

Essa nova punição ocorre poucos meses após o próprio ministro Alexandre de Moraes ter sido sancionado em julho, sob os mesmos fundamentos legais. A iniciativa é parte da resposta da administração republicana, liderada por Donald Trump, à sentença imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, já havia anunciado que novas ações contra o Brasil estavam sendo preparadas.

“Presto minha solidariedade à esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes, Viviane de Moraes, que sofreu sanção do governo dos Estados Unidos, nesta segunda-feira, pela Lei Magnitsky. A mesma lei imposta ao ministro, em julho deste ano”

Pacheco apontou que o radicalismo político, fomentado por agentes que não respeitam a soberania brasileira, está prejudicando as relações históricas e respeitosas entre o Brasil e os Estados Unidos. Segundo ele, essas ações não contribuem para o fortalecimento da diplomacia entre as duas nações, mas sim para o acirramento de tensões políticas internacionais.

A sanção contra Viviane de Moraes reacende o debate sobre os impactos de decisões internacionais sobre a política interna brasileira e coloca mais uma vez o Judiciário no centro de uma disputa de narrativas entre governos.