Primavera destaca árvores tombadas em BH e interior de Minas

Ipês, sapucaias, jequitibás e outras espécies protegidas em BH e cidades do interior ganham atenção especial com a chegada da nova estação

Por Plox

22/09/2025 12h52 - Atualizado há 2 dias

Com a chegada da primavera às 15h19 desta segunda-feira (22), a exuberância da natureza ganha ainda mais destaque, especialmente nas árvores protegidas por lei em Belo Horizonte e no interior de Minas Gerais. A nova estação convida à contemplação e à valorização das espécies tombadas, que compõem o cenário urbano e histórico de diversas cidades mineiras.


Imagem Foto: Pixabay


Em Belo Horizonte, desde 1976, várias árvores são imunes ao corte ou remoção, de acordo com a Prefeitura. Elas foram selecionadas por critérios como beleza, localização e raridade. Exemplares importantes podem ser vistos nas avenidas Barbacena, Bernardo Monteiro, Getúlio Vargas e Afonso Pena, onde ipês e sapucaias se destacam. Também chamam atenção os flamboyants da Praça Boa Viagem e as árvores da Praça da Liberdade, além do Largo das Sapucaias, próximo ao Museu de História Natural da UFMG.



Um levantamento feito entre 1910 e 1914 já indicava a existência de espécies nativas como jaqueiras, copaíbas, jabuticabeiras e outras na antiga Curral del-Rei, antes da construção de BH. Essas árvores foram integradas ao paisagismo da nova capital mineira, incluindo amoreiras, ipês, canelas e jatobás.



Atualmente, o processo de tombamento realizado pela Prefeitura de BH reconhece a importância de diversas espécies na malha urbana, como pau-brasil, paineira, jequitibá, pau-ferro, angico, cássia, esponjinha, pau-rei, copaíba e outras. Essas árvores formam um patrimônio vivo, muitas vezes despercebido no cotidiano da cidade.



No interior de Minas, a preservação de árvores centenárias também é motivo de orgulho. Em Lavras, por exemplo, a tipuana localizada na Praça Doutor Augusto Silva é tombada individualmente, junto ao espaço da praça. Plantada em 1908 por Bernardino Maceira, a árvore se tornou símbolo da cidade. Atualmente, passa por avaliação técnica para garantir sua segurança, com inspeção das raízes, copa e fissuras. Um plano de manejo está em elaboração, prevendo ações de preservação e poda preventiva.



Além de Lavras, municípios como Bom Despacho, Bonfinópolis de Minas, Ipatinga, Lima Duarte, Coronel Xavier Chaves e Divisa Nova também abrigam espécies protegidas. O tombamento dessas árvores não só conserva o meio ambiente, como também preserva a história e a identidade cultural das cidades mineiras.



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