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DJ influencer é preso em Goiás por liderar clonagem de WhatsApp

Jovem de 22 anos comandava esquema interestadual que fez vítimas em Minas Gerais; grupo também promovia rifas ilegais e lavava dinheiro via aplicativos.

22/10/2025 às 09:42 por Redação Plox

Um DJ de 22 anos, conhecido por sua atuação como influenciador digital nas redes sociais, foi preso sob suspeita de liderar um esquema de clonagem de WhatsApp que teria feito vítimas em Minas Gerais. Ele foi detido em Goiás, durante uma operação conjunta das polícias civis dos dois estados nesta quarta-feira (22/10).

Duas mulheres, de 26 e 28 anos, foram detidas sob suspeita de envolvimento na fraude.

Duas mulheres, de 26 e 28 anos, foram detidas sob suspeita de envolvimento na fraude.

Foto: PCMG / Divulgação


Investigação identificou integrantes do grupo

As investigações começaram a partir de um golpe ocorrido em maio de 2022, no qual uma moradora de São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas, foi induzida a transferir mais de R$ 4 mil acreditando conversar com a irmã pelo aplicativo. A análise dos dados bancários permitiu à polícia chegar a uma mulher de 28 anos, residente em Trindade (GO), que admitiu ter emprestado sua conta em troca de comissão sobre as transações ilícitas.

Esquema interestadual e participação de mais envolvidos

Após a prisão da primeira suspeita, a polícia conseguiu identificar outros membros do grupo. O líder seria o DJ, que acumula mais de 20 mil seguidores no Instagram. Ele utilizava suas redes sociais para recrutar pessoas dispostas a ceder contas bancárias que seriam usadas no recebimento do dinheiro desviado. Em troca, era oferecida uma comissão a esses intermediários. Além disso, o grupo promovia rifas virtuais ilegais, enquadradas como contravenção penal por jogo de azar.

Também foi detida uma mulher de 26 anos, apontada como responsável pela logística da associação. Ela recolhia o dinheiro sacado pelos intermediários e repassava aos líderes. A movimentação dos valores por diversas contas bancárias era realizada para ocultar a origem ilegal dos recursos, caracterizando lavagem de dinheiro.

Mandados e bloqueio de contas

Durante a operação, a Justiça determinou o cumprimento de três mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de 21 contas bancárias ligadas ao grupo. Foram ainda apreendidos aparelhos celulares, que serão analisados pelas equipes de perícia e investigação.

Próximos passos e orientação à população

Os três suspeitos foram encaminhados para unidades prisionais em Goiás. As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos e vítimas, além de rastrear o dinheiro movimentado pelo esquema.

Isso demonstra a eficiência da investigação financeira e da cooperação interestadual entre as Polícias Judiciárias de Minas e Goiás. – delegado Rafael Gomes

A Polícia Civil ressalta a importância de sempre confirmar a identidade de quem solicita transferências financeiras por aplicativos de mensagens antes de concluir qualquer operação.

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