Cerco em apartamento de BH envolve delegada em negociações tensas por mais de um dia
Polícia Civil e Samu em operação para lidar com situação delicada envolvendo a saúde mental da servidora
Por Plox
22/11/2023 08h54 - Atualizado há mais de 1 ano
Um impasse prolongado envolvendo a delegada Monah Zein continua no bairro Ouro Preto, região da Pampulha, em Belo Horizonte. A situação, que se estende por quase 24 horas desde o início da manhã de terça-feira (21), concentra a atenção de familiares, amigos, além de equipes da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O conflito iniciou com a chegada dos policiais ao endereço da delegada, após receberem mensagens com conteúdo emocional sensível atribuídas a ela, gerando preocupação com sua saúde mental. A Polícia Civil ainda não esclareceu oficialmente o motivo da visita ao apartamento de Zein.
Advogados da delegada contestam a versão da PCMG, alegando que Monah Zein enfrenta perseguição de colegas na instituição. Em nota à imprensa, expressaram preocupação com o estado de saúde da delegada, mencionando "retaliações" sofridas durante sua carreira.
O caso escalou quando a delegada efetuou três disparos, sem atingir ninguém, e se isolou em seu apartamento, tornando-se incomunicável. A PCMG confirmou os disparos em nota.
Em uma transmissão ao vivo feita por Monah Zein na tarde de terça-feira, ela acusou colegas de assédio e criticou a entrada dos policiais em seu prédio sem mandado judicial. "Eles tiraram minha saúde, vocês não têm ideia do que fizeram", declarou a delegada na live.
Em um post nas redes sociais, Zein descreveu a ação policial como um "teatro adoecedor", negando ter considerado suicídio e acusando a PCMG de assédio. "Retirem essas pessoas da porta da minha casa", exigiu a delegada.
A mãe de Monah Zein chegou ao local na noite de terça-feira, após viajar do Paraná, buscando persuadir a filha a sair do apartamento. As preocupações com a saúde da delegada continuam sendo um ponto central nas negociações.
A PCMG divulgou uma nota informando que a situação ainda está em andamento, envolvendo a delegada que disparou uma arma de fogo em sua residência. A instituição ressalta que não houve feridos e que as equipes de negociação da PCMG, com o apoio de outras entidades, estão acompanhando o caso.