Diplomacia e diálogo: Lula destaca convivência com diferenças nas relações internacionais

Presidente defende que chefes de Estado saibam viver com as diferenças

Por Plox

22/11/2023 09h04 - Atualizado há mais de 1 ano

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao discursar na cerimônia de formatura de diplomatas brasileiros no Instituto Rio Branco, em Brasília, enfatizou a importância do respeito mútuo e da convivência com as diferenças entre os chefes de Estado. Lula defendeu que a diplomacia deve ser pautada pela busca de acordos e compreensão mútua, independentemente das preferências pessoais ou das relações amistosas entre líderes de diferentes nações.

José Cruz Agência Brasil

A Arte da Democracia e a Diplomacia

Lula ressaltou a essência da democracia nas relações internacionais, onde cada país defende seus interesses sem que haja supremacia de um sobre o outro. Ele valorizou a capacidade de negociação, convencimento e, em alguns momentos, a necessidade de ceder para chegar a acordos equilibrados e benéficos. Essa visão destaca a importância de uma abordagem diplomática inteligente e adaptável às adversidades.

Histórico de Relações na América do Sul

O presidente recordou a criação do Mercosul em 1985 e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) em 2008, momentos em que, segundo ele, a região vivenciou seu melhor período de união, mesmo diante de diferenças políticas e ideológicas. Lula citou a necessidade de fortalecer as nações sul-americanas para negociações com blocos e países mais fortes, como os Estados Unidos, China, União Europeia e Japão.

Relação Brasil-Argentina

Após a vitória de Javier Milei nas eleições presidenciais da Argentina, Lula mencionou a relação estreita entre Brasil e Argentina, relembrando sua primeira visita oficial ao país vizinho em 2003, simbolizando a intenção de fortalecer as políticas voltadas para a América do Sul.

Visão para a Política Externa Brasileira

Lula defendeu uma política externa brasileira mais ativa e altiva, expressando orgulho na diplomacia brasileira. Ele criticou a ideia de um "complexo de vira-lata" do Brasil, enfatizando a importância de manter a honra e o caráter, valores que não se compram, mas são herdados de família e de berço.

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