Paralisação na educação em Minas Gerais prossegue, afetando escolas estaduais

Protesto dos servidores da educação contra o Regime de Recuperação Fiscal mantém escolas fechadas por 48 horas

Por Plox

22/11/2023 10h49 - Atualizado há mais de 1 ano

As escolas estaduais de Minas Gerais permanecerão fechadas nesta quarta-feira (22 de novembro), continuando a paralisação de 48 horas iniciada na terça-feira (21) pelos servidores da educação. O movimento é um protesto contra o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), proposto pelo governador Romeu Zema, que tem como objetivo quitar a dívida do Estado, estimada em quase R$ 160 bilhões, com a União.

 Foto: Divulgação/ Sind-UTE MG

Impacto da Paralisação e Reação do Sind-UTE/MG

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) informou que a paralisação teve ampla adesão em todo o estado, embora a porcentagem exata de escolas afetadas no primeiro dia do movimento não tenha sido estimada. A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Denise Romano, criticou veementemente a proposta de adesão ao RRF do governo Zema, alegando que ela ameaça a qualidade dos serviços públicos, incluindo educação, saúde e segurança, além de colocar em risco empresas públicas fundamentais como Cemig, Copasa e Gasmig.

Compromisso com a Reposição das Aulas

A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) confirmou a realização da paralisação e informou que as escolas que tiverem atividades pedagógicas interrompidas deverão repor os dias paralisados. Isso é necessário para cumprir a carga horária anual obrigatória prevista na legislação, garantindo os direitos dos estudantes.

Esta situação em Minas Gerais reflete as tensões existentes entre os servidores da educação e o governo estadual, evidenciando os desafios enfrentados na gestão dos serviços públicos e na negociação de dívidas estaduais. A paralisação, além de impactar a educação, coloca em destaque as implicações mais amplas de políticas fiscais e econômicas no setor público.

 

 


 

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