Prefeitura de BH inicia liberação de mosquitos Aedes aegypti 'infectados' para combater arboviroses

Estratégia inovadora visa reduzir transmissão de dengue, zika e Chikungunya através de mosquitos com bactéria Wolbachia

Por Plox

22/11/2023 07h56 - Atualizado há mais de 1 ano

Belo Horizonte, a capital de Minas Gerais, adotou uma abordagem inovadora no combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Nesta quarta-feira (22), a Prefeitura começou a soltar mosquitos portadores da bactéria Wolbachia, uma medida preventiva contra dengue, zika e Chikungunya. Este projeto piloto, focado no Bairro Belvedere, região centro-sul da cidade, faz parte de uma série de ações que ocorrerão ao longo do ano em diferentes regiões.

 

A Wolbachia, um microrganismo intracelular, é transferida naturalmente pelos mosquitos e não oferece riscos para humanos ou animais. O processo de reprodução dos mosquitos ocorreu no insetário municipal, que se destaca por não envolver modificações genéticas.

 

Fabiano dos Anjos, subsecretário de Promoção e Vigilância à Saúde, ressaltou o pioneirismo da cidade nesta área: "A cidade foi a primeira do país a contar com um insetário próprio, construído com recursos municipais. Este investimento é crucial, garantindo autonomia, continuidade e controle efetivo das ações."

 

Desde 2020, a Prefeitura de Belo Horizonte vem implementando essa técnica como complemento a outras medidas de controle das arboviroses. Além da liberação de mosquitos, as autoridades enfatizam a importância da participação ativa da população na prevenção da proliferação do mosquito Aedes aegypti. Fabiano dos Anjos alertou sobre a necessidade de inspeções regulares em residências e locais de trabalho, citando que 86,9% dos focos do mosquito estão em áreas domésticas, conforme o último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa).

 

Esta iniciativa representa um esforço contínuo da Prefeitura de Belo Horizonte para introduzir métodos inovadores e eficazes no controle de doenças veiculadas por mosquitos, destacando a essencialidade de um esforço coletivo para promover a saúde pública na capital mineira.

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