PF indicia Braga Netto por crimes contra o Estado Democrático de Direito
Ex-ministro-chefe da Casa Civil se manifestou sobre a investigação e criticou a divulgação de informações à imprensa.
Por Plox
22/11/2024 13h27 - Atualizado há cerca de 1 mês
O general Walter Braga Netto, ex-ministro-chefe da Casa Civil durante o governo Jair Bolsonaro, foi indiciado pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (21). A investigação, que também inclui o ex-presidente Bolsonaro e outras 35 pessoas, aborda supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
Nota de defesa e críticas à divulgação
Em resposta ao indiciamento, Braga Netto divulgou uma nota oficial repudiando a maneira como as informações do inquérito foram divulgadas. A defesa do general destacou:
“A Defesa técnica do general Walter Souza Braga Netto destaca e repudia veementemente, e desde logo, a indevida difusão de informações relativas a inquéritos, concedidas ‘em primeira mão’ a determinados veículos de imprensa em detrimento do devido acesso às partes diretamente envolvidas e interessadas. Assim, a defesa aguardará o recebimento oficial dos elementos informativos para adotar um posicionamento formal e fundamentado.”
O teor crítico do comunicado aponta para o descontentamento com o que a defesa classificou como um favorecimento à imprensa em detrimento do devido processo legal.
Contexto e implicações
O indiciamento faz parte de um amplo inquérito que investiga supostas ações contra a ordem democrática no Brasil. Além de Braga Netto e Bolsonaro, outras figuras associadas ao governo e a movimentos antidemocráticos estão na lista de indiciados. A PF investiga a articulação de atos e estratégias que teriam como objetivo enfraquecer ou subverter o Estado Democrático de Direito.
A repercussão do caso foi imediata, ganhando destaque na mídia nacional. A citação de altas figuras do governo Bolsonaro, incluindo militares, reforça o peso político e jurídico da investigação.
Desdobramentos aguardados
A defesa do general afirmou que aguardará o acesso oficial aos documentos para formular uma resposta detalhada e fundamentada. Por ora, a manifestação oficial foca na crítica ao procedimento de divulgação das informações pela imprensa, considerado inadequado pela equipe jurídica.