Violência contra mulheres: MG registra uma morte a cada dois dias

Focado na campanha internacional "21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres", governo de Minas promove conscientização e mobilização social para enfrentar crimes de gênero

Por Plox

22/11/2024 18h57 - Atualizado há 12 dias

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023 revelam a gravidade da violência de gênero no Brasil. A cada seis horas, uma mulher é assassinada em um crime de feminicídio, sendo 63% das vítimas mulheres negras. Além disso, uma mulher sofre violência sexual a cada seis minutos no país. Em Minas Gerais, a violência doméstica deixa um rastro devastador, com uma mulher morta a cada dois dias. É realizada neste momento a campanha internacional dos” 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”. O governo de Minas participa intensificando as ações preventivas e repressivas. Veja os detalhes na Live.

 

Ações intensificadas em Minas Gerais

Na segunda-feira (25/11/24), Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza audiência pública com o tema “feminicídio zero”. A reunião, promovida pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher por solicitação da sua presidenta, deputada Ana Paula Siqueira (Rede), será no Plenarinho II, a partir das 14 horas.
 

Foto: Armando Júnior / Agência Minas

 

O governo de Minas garante uma série de ações para conscientizar a população sobre a importância das denúncias e para ampliar o enfrentamento a esses crimes. A campanha "21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres" iniciou uma série de atividades em Minas Gerais, promovidas em parceria com a Polícia Civil (PCMG). Na última quinta-feira (21/11), eventos em Belo Horizonte, Santa Luzia, Uberaba, Governador Valadares e Patos de Minas incluíram abordagens públicas, distribuição de materiais informativos e atividades educativas voltadas para conscientizar a população.

 

Foto: Armando Júnior / Agência Minas

 

A delegada Larissa Maia Campos Falles, diretora Estadual de Gestão das Delegacias de Atendimento à Mulher, destacou a relevância da campanha. “A Campanha dos 21 dias de Ativismo é um período em que as ações de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher são intensificadas. Esta é uma importante ação, realizada de forma conjunta entre a Sedese e a Polícia Civil, para levar ao conhecimento de todas as pessoas que existe uma rede de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher”, afirmou.

 

Acolhimento humanizado
Larissa Maia enfatizou a importância de um acolhimento inicial humanizado para as vítimas, destacando que a Polícia Civil está preparada para ouvir e orientar mulheres sobre as providências necessárias para romper o ciclo de violência.

História e alcance dos 21 Dias de Ativismo
Criado em 1991 pelo Women's Global Leadership Institute, o movimento dos 21 Dias de Ativismo é celebrado em mais de 160 países, sendo uma mobilização essencial para sensibilizar a sociedade sobre a violência de gênero e reforçar compromissos governamentais e sociais pela proteção das mulheres.

 

Atividades lideradas pela Sedese
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) de Minas Gerais coordena as ações no estado, abrangendo capacitações, debates públicos, eventos culturais e visitas técnicas. A subsecretária de Política dos Direitos das Mulheres, Joana Coelho, ressaltou o caráter inclusivo da campanha:

“Cada evento foi pensado para informar, mobilizar e, principalmente, provocar mudanças de verdade em cada mineira e mineiro. Os 21 Dias de Ativismo são sobre união e transformação, e todo mundo tem um papel importante nesse movimento”, destacou Joana Coelho.

 

Datas e programação especial
A campanha ocorre em alinhamento com o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher (25 de novembro) e se estende até o Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de dezembro). A programação diversificada inclui palestras, oficinas, visitas técnicas e eventos culturais que podem ser acompanhados pelo público interessado.

A Sedese reforça o convite para que toda a sociedade se engaje nas ações, ajudando a construir um ambiente mais seguro e igualitário para as mulheres.

 

Foto: Guilherme Dardanhan / ALMG
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