Política

Malafaia reage à prisão de Bolsonaro e diz que decisão de Moraes é ‘cortina de fumaça’

Pastor critica prisão preventiva decretada por Alexandre de Moraes, relaciona caso a denúncias envolvendo o Banco Master e diz que apoio evangélico a Bolsonaro segue, mas que a igreja é maior que disputas políticas

22/11/2025 às 18:20 por Redação Plox

O pastor Silas Malafaia classificou como “cortina de fumaça” a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada neste sábado (22) pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O líder evangélico, que há anos aponta o magistrado como alvo constante de críticas, voltou a acusá-lo de perseguição política e relacionou a medida a denúncias envolvendo o Banco Master.

Silas Malafaia durante evento público

Silas Malafaia durante evento público

Foto: Reprodução / Instagram


Pastor liga prisão a denúncias contra o Banco Master

Em vídeo divulgado na manhã em que Bolsonaro foi preso, Malafaia afirmou que a decisão do ministro teria o objetivo de desviar a atenção pública do caso que atinge a instituição financeira.

Esse cara é mais maquiavélico do que vocês pensam, ele está desviando o foco da roubalheira do banco Master

Silas Malafaia

O escritório de advocacia Barci de Moraes, onde atuam a esposa de Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, e dois filhos do ministro, foi contratado pelo banqueiro Daniel Vorcaro, dono do Banco Master. Vorcaro está preso desde a segunda-feira (17), após operação da Polícia Federal.

Críticas a justificativas da prisão de Bolsonaro

Malafaia também atacou um dos fundamentos citados para a decretação da prisão preventiva do ex-presidente: a vigília de oração convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho de Jair Bolsonaro.

Para o pastor, o episódio que resultou no encarceramento do aliado representa “uma vergonha” e “uma mancha para o Judiciário”, em referência ao conjunto de decisões que levaram à medida.

Apoio evangélico e papel da igreja

Em declaração à “Folha”, Malafaia disse que Bolsonaro segue com “apoio dos evangélicos”. Ressaltou, porém, que a igreja está acima das disputas políticas e não se resume ao destino de qualquer liderança.

Segundo ele, a igreja é maior do que prisões ou crises envolvendo figuras públicas e não sofre abalos duradouros com perseguições ou decisões judiciais que atinjam pastores ou outros representantes.

Reação política no PL

Mais cedo, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, também criticou a decisão de Alexandre de Moraes. Integrante da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, igreja liderada por Malafaia, o parlamentar afirmou que o ministro demonstrou “psicopatia em alto grau” ao mandar prender Bolsonaro em um dia 22, número associado ao partido do ex-presidente.

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