Chefe de gabinete do governo do Acre é presa por corrupção e lavagem de dinheiro

Cinco mandados de busca e apreensão de provas foram cumpridos nesta quarta-feira (22)

Por Plox

22/12/2021 16h57 - Atualizado há mais de 2 anos

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decretou a prisão preventiva da chefe de gabinete do governo do Acre, Rosângela Gama. O mandado judicial foi cumprido na manhã de hoje (22), por policiais federais, no âmbito da Operação Ptolomeu.

Além da prisão preventiva de Rosângela, o STJ determinou o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão de provas em endereços da cidade de Rio Branco (AC) ligados a pessoas suspeitas de participar de atos de corrupção e lavagem de dinheiro público desviado dos cofres estaduais.

Na primeira fase da Operação Ptolomeu, realizada no último dia 16, com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), a PF cumpriu 41 mandados de busca e apreensão e uma ordem judicial de prisão. Os primeiros mandados foram executados em Rio Branco, Cruzeiro do Sul (AC), Brasília e Manaus.

Chefe de gabinete do governo do Acre, Rosângela Gama/Foto: Reprodução

 

Na ocasião, a PF informou ter indícios de que empresários e agentes políticos ligados à atual gestão estadual “aparelharam” a estrutura estatal a fim de desviar recursos públicos.

“Foram identificadas dezenas de transações financeiras suspeitas em contas-correntes, pagamentos de boletos de cartão de crédito, transações com imóveis de alto valor e aquisições subfaturadas de veículos de luxo”, informou a PF, em nota, em que afirma que a CGU apurou que o governo estadual empenhou R$ 142 milhões para sete empresas suspeitas de integrar o esquema ilícito.

Segundo a PF, o STJ autorizou a continuidade das investigações e a decretação da prisão preventiva da chefe de gabinete do governador Gladson Cameli após os responsáveis por apurar as suspeitas de corrupção identificarem que alguns dos investigados agiriam para destruir eventuais provas e, assim, obstruir as investigações.

Foto: Divulgação/Polícia Federal

 

PF apreende mais de R$ 3,4 milhões entre dinheiro e bens de investigados no AC — Foto: Divulgação/Polícia Federal-AC

 

Por determinação do STJ, um novo inquérito policial foi instaurado para averiguar se, de fato, os investigados tentaram atrapalhar o trabalho dos policiais federais e dos auditores da CGU.

Em nota, o governador Gladson Cameli afirmou que o Poder Executivo estadual está colaborando com a investigação policial para que todas as suspeitas sejam esclarecidas. Cameli também assegurou que toda sua equipe de governo “sempre agiu dentro da legalidade, a bem do interesse público”.

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