Motorista do caminhão em acidente de Teófilo Otoni tinha CNH suspensa desde 2022

Um grave acidente envolvendo um caminhão, um ônibus e um carro de passeio na BR-116, em Teófilo Otoni, revelou que o motorista do caminhão tinha sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa desde 2022. O caminhoneiro, que fugiu do local e está sendo procurado pela polícia, teve a habilitação apreendida após se recusar a realizar o teste do bafômetro em uma blitz da Lei Seca em Mantena.

Busca pelo motorista foragido
O tenente-coronel Flávio Santiago, da Polícia Militar, afirmou que forças de segurança estão mobilizadas para localizar o motorista, com foco em regiões fronteiriças da rodovia, como Bahia e Espírito Santo. "No momento, ainda há o flagrante em face da proximidade e do rastreamento que segue pela Polícia Militar", destacou o oficial em entrevista coletiva.

O delegado e porta-voz da Polícia Civil de Minas Gerais, Saulo Castro, pediu publicamente para que o motorista se entregue às autoridades. “Ele tem a opção de se entregar e conclamamos para que faça isso. Se apresente em uma unidade da Polícia Civil, da Polícia Militar, e logo em seguida, ocorrendo isso, facilita nosso trabalho investigativo”, enfatizou. Paralelamente, a Polícia Civil já deu início ao pedido de um mandado de prisão.

Carga com excesso de peso como fator determinante
No momento da colisão, o caminhão transportava uma pedra de granito, cuja carga apresentava excesso de peso, de acordo com as primeiras análises da perícia. Documentos fiscais indicam que a pedra estava sendo transportada do Ceará para o Espírito Santo. “De forma preliminar, houve um excesso de peso dessa pedra, o que seria um indicativo de responsabilidade por parte do condutor da carreta”, explicou Saulo Castro.

Dinâmica do acidente sob investigação
Segundo informações levantadas pela Polícia Civil, o caminhão seguia em direção a Belo Horizonte, enquanto o ônibus estava a caminho de São Paulo. A principal hipótese é que o caminhão bitrem sofreu um desprendimento, causando a colisão fatal. “Essa é a principal tese com a qual a Polícia Civil de Minas Gerais trabalha, mas isso vai depender do aprofundamento das investigações”, concluiu o delegado.

O acidente, que deixou 41 mortos, teve um impacto devastador, e a apuração segue para determinar responsabilidades e entender os fatores que culminaram na tragédia.