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Comercial da Havaianas com Romário e Maradona volta à tona em meio à polarização

Peça de 2014, que brincava com a rivalidade Brasil x Argentina e o slogan “O pé direito é nosso”, reaparece nas redes após polêmica com nova campanha estrelada por Fernanda Torres

22/12/2025 às 23:08 por Redação Plox

Antes da polêmica recente em torno da campanha da Havaianas com Fernanda Torres, a marca já havia brincado com o duplo sentido da expressão “pé direito” em outra publicidade — na época, sem despertar reação política. Em 2014, durante a Copa do Mundo no Brasil, o protagonista foi Romário, hoje senador pelo PL, em um comercial exibido em rede nacional.

Em campanha da Havaianas, Romário aparece usando apenas o chinelo do pé direito enquanto o “pé esquerdo” é enviado simbolicamente a Maradona.

Em campanha da Havaianas, Romário aparece usando apenas o chinelo do pé direito enquanto o “pé esquerdo” é enviado simbolicamente a Maradona.

Foto: Reprodução.


No vídeo, o ex-jogador entra em uma loja da Havaianas e pede que um par de sandálias seja separado, com cada pé embalado em uma sacola diferente. Em seguida, ele aparece assistindo a um jogo da seleção brasileira usando apenas o chinelo do pé direito. Quando é questionado sobre o paradeiro do outro pé, a cena corta para uma encomenda entregue ao argentino Diego Maradona. O chinelo do pé esquerdo havia sido enviado ao ídolo rival, em uma provocação bem-humorada típica da rivalidade entre Brasil e Argentina.

A campanha terminava com o slogan “O pé direito é nosso”, em referência tanto à superstição popular de começar algo com sorte quanto ao clima de competição futebolística. À época, o comercial foi recebido como uma brincadeira ligada ao esporte, sem associação a disputas ideológicas ou alinhamentos partidários.

Antigo comercial volta à tona em meio à polarização

Mais de uma década depois, o resgate dessa publicidade voltou a circular nas redes sociais após críticas de setores da direita à nova campanha da Havaianas, acusada de rejeitar a expressão “pé direito”. A comparação entre os dois momentos expõe como o ambiente político atual mudou a forma como campanhas publicitárias são lidas, transformando referências antes consideradas neutras em motivo de polarização.

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