Lula enfrenta desafios políticos nos estados de Minas Gerais e Alagoas em ano eleitoral
Ausência do Presidente em sete estados em 2023 gera tensões e expectativas para visitas em 2024
Por Plox
23/01/2024 08h25 - Atualizado há mais de 1 ano
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta um cenário político desafiador em diversos Estados brasileiros, em especial em Minas Gerais e Alagoas, durante o ano de eleições municipais. Em 2023, Lula não visitou sete Estados, incluindo Minas Gerais e Alagoas, ambos com contextos políticos complexos e relevantes para o cenário eleitoral deste ano.

Em Minas Gerais, governado por Romeu Zema (Novo), observa-se uma postura mais crítica em relação ao presidente. Essa relação tensa tem influenciado a agenda presidencial no Estado, diferenciando-se de outros governadores não alinhados a Lula, como Cláudio Castro (PL-RJ) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), com quem o presidente mantém uma relação mais harmônica.
Alagoas apresenta uma dinâmica política única, sendo o berço de figuras como Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, e Renan Calheiros (MDB), senador e aliado de Lula. A rivalidade política entre Lira e Calheiros coloca o presidente em uma posição delicada, optando por não visitar o Estado em 2023 para evitar descontentamentos.
Neste contexto, Lula se propõe a visitar todos os Estados brasileiros ainda no primeiro semestre de 2024, buscando fortalecer alianças e apoiar candidatos locais nas eleições municipais. Em Minas Gerais, a pressão cresce por uma visita presidencial, especialmente em Belo Horizonte, onde o PT almeja lançar Rogério Correia (PT) para a prefeitura, num cenário de polarização política.
Além disso, Lula tem enfatizado a importância da prudência durante o período eleitoral, orientando seus ministros a manterem foco em suas funções governamentais e a evitar alianças conflitantes com os interesses do Planalto. Este direcionamento reflete uma estratégia de distanciamento de figuras e partidos que possam gerar atritos, mesmo que integrantes de partidos com ministérios no governo, como MDB, PSD, PP, Republicanos e União Brasil.