Minas Gerais enfrenta surto de dengue e chikungunya

Implementação de salas de hidratação e unidades de reposição volêmica visa desafogar hospitais e melhorar atendimento

Por Plox

23/01/2024 08h14 - Atualizado há mais de 1 ano

Minas Gerais, estado brasileiro significativamente afetado por arboviroses, está adotando medidas emergenciais para combater o surto de doenças como dengue, zika e chikungunya. Até o momento, foram registrados 11.490 casos confirmados de dengue, com 14 óbitos sob investigação e um confirmado, além de 3.067 casos de chikungunya, incluindo uma morte e duas em análise. 

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A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) instruiu municípios com alta incidência dessas doenças a estabelecer Salas de Hidratação Venosa ou Unidades de Reposição Volêmica. Essas instalações temporárias têm o objetivo de tratar pacientes com sintomas leves fora dos hospitais, aliviando o sistema de saúde sobrecarregado.

 

Foto: Divulgação / Prefeitura de Ipatinga

A SES-MG destaca que esses espaços permitirão o acompanhamento de pacientes com suspeita de dengue, zika ou chikungunya, que não necessitam de cuidados em unidades hospitalares de alta complexidade. Estes locais deverão operar seguindo diretrizes médicas e de saúde pública, com capacidade para monitorar os pacientes por até 24 horas, tempo suficiente para estabilizar o paciente ou encaminhá-lo para serviços mais especializados.

Em Ipatinga, uma das cidades mais afetadas, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Sentinela já foi estabelecida, com capacidade para atender até 140 pacientes diariamente. A UPA funciona das 7h às 19h e está equipada para fornecer cuidados médicos e de enfermagem adequados. Em 2024, a cidade já confirmou 755 casos de chikungunya e 252 de dengue.

Já em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, a prefeitura solicitou a utilização de um espaço anexo a uma igreja para instalar um hospital de campanha, visando ao aumento projetado de casos de dengue e chikungunya. A cidade registra 543 casos confirmados de dengue e 13 de chikungunya.

A SES-MG reforça a importância dessas estruturas para o acompanhamento clínico diário dos pacientes diagnosticados com arboviroses, contribuindo significativamente para a redução da demanda nos serviços de Atenção Primária. Estas medidas emergenciais são essenciais para enfrentar o atual surto de arboviroses em Minas Gerais, garantindo um atendimento eficaz e apropriado aos pacientes afetados.

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