Pitbull ataca menino de 8 anos em Minas Gerais e arranca parte da orelha

Criança foi atacada enquanto dormia; nova lei estadual aumenta exigências para cães perigosos

Por Plox

23/01/2025 13h54 - Atualizado há 4 meses

Um ataque violento envolvendo um cão da raça pitbull deixou um menino de 8 anos gravemente ferido na madrugada desta quinta-feira (23), em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte. O animal, que pertence à família, mordeu a criança e arrancou parte de sua orelha. O incidente ocorreu poucos dias após a promulgação de uma lei estadual que aumenta as exigências para a posse de cães considerados perigosos.

Foto: Reprodução/Redes Socias

Ataque dentro de casa

O ataque ocorreu por volta das 2h30, na rua Nicodemos Celestiano da Mota, bairro Santinho. Segundo informações iniciais, o pai da criança teria deixado uma porta aberta, permitindo que o cão entrasse na casa. A criança, que estava dormindo, foi surpreendida pelo animal e atacada após acordar assustada com o barulho.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros foram acionados para prestar socorro. Após os primeiros atendimentos, o menino foi encaminhado ao Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, referência no tratamento de traumas graves. A unidade de saúde não forneceu informações sobre o estado atual da vítima.

Reação da prefeitura

A Prefeitura de Ribeirão das Neves lamentou o ocorrido e expressou solidariedade à família. Em nota enviada ao jornal O Tempo, o município informou que o atendimento inicial foi realizado pelo Samu. “Devido à gravidade do trauma sofrido, ela foi encaminhada para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, unidade referência em casos como este, onde está recebendo os cuidados especializados necessários”, disse a nota.

Multas e nova legislação

A tragédia aconteceu poucos dias após a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) promulgar uma lei que impõe regras rigorosas para a posse de cães de raças como pitbull, rottweiler, dobermann e fila brasileiro. A norma determina o uso obrigatório de focinheira e coleira, além de proibir a procriação e a entrada dessas raças no estado.

A legislação prevê multas de R$ 550 para tutores que não cumprirem as medidas de segurança. Em casos de ataques com lesões leves, o valor pode ultrapassar R$ 5 mil. Já em casos graves, como o ocorrido em Ribeirão das Neves, a penalidade pode superar R$ 15 mil, desde que comprovadas as lesões por meio de laudo médico.

Além disso, a lei exige que os cães sejam conduzidos em vias públicas por pessoas maiores de 18 anos e com coleiras identificadas com o nome, endereço e telefone do tutor.

Contexto e debate sobre segurança

O caso reacende o debate sobre a posse responsável de animais e os riscos de manter cães de raças consideradas agressivas em ambiente doméstico. Especialistas reforçam a importância de medidas preventivas, como treinamento adequado, supervisão constante e uso de equipamentos de segurança, para evitar tragédias como essa.

Destaques