Famílias de servidores de Minas Gerais enfrentam dificuldades por atraso nos pagamentos de seguros pelo Governo Estadual

Governo de Minas Gerais enfrenta críticas por atrasos nos pagamentos de seguros de vida e pecúlios a famílias de servidores falecidos

Por Plox

23/02/2024 08h21 - Atualizado há cerca de 1 ano

Famílias de servidores públicos falecidos em Minas Gerais enfrentam dificuldades financeiras devido a atrasos prolongados no pagamento de seguros de vida e pecúlios pelo Governo do Estado. Conforme relatos obtidos pelo jornal O TEMPO, entre as famílias prejudicadas está a de uma professora de Janaúba, falecida em agosto do ano passado. Seus dois filhos, atualmente desempregados, estão endividados, incluindo a dívida do funeral da mãe, que custou R$ 3.000. "Minha mãe foi professora do Estado por cerca de 30 anos... Se não resolver até março, abril, vou procurar um advogado. Estamos devendo até o funeral dela", declarou um morador de Montes Claros, filho da professora.

Foto: Reprodução/DER-MG

Os benefícios devidos incluem o pecúlio, que é dividido entre o cônjuge sobrevivente e os filhos do servidor falecido, e o seguro coletivo, onde o servidor pode designar os beneficiários. A última quitação de seguros e pecúlios pelo Estado ocorreu em maio do ano passado, deixando muitas famílias sem os recursos esperados.

Outro caso mencionado é o de uma família de Juiz de Fora, que aguarda o pagamento de aproximadamente R$ 100 mil referente ao falecimento de uma diretora aposentada da educação. "Somos cinco herdeiros... O benefício foi deferido em outubro, mas não há qualquer sinal de pagamento", lamenta um dos filhos.

O Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), responsável pelos pagamentos, informou que as indenizações são pagas a partir das contribuições dos segurados e que está em tratativas para regularizar a situação. Entretanto, a falta de previsão de pagamentos aumenta a angústia das famílias.

Especialistas na área, como o advogado Egídio Gomes, apontam que o problema no pagamento de seguros e pecúlios não é recente, remontando a governos anteriores. Gomes aconselha cautela quanto à judicialização do processo devido a possíveis atrasos ainda maiores e custos adicionais.

Em janeiro, foram deferidos acessos a benefícios para 233 famílias, evidenciando a escala do problema. O Sindicato dos Servidores do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Sisipsemg) critica a mudança recente na gestão dos pagamentos, agora centralizados na Secretaria de Estado de Fazenda, argumentando que tal centralização contribui para os atrasos. Antonieta Faria, presidente do Sisipsemg, questiona a eficácia da mudança e defende os direitos das famílias dos servidores.

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