Metrô em São Paulo aceita liberar catracas; estações seguem fechadas
Linhas 4-amarela e 5-Lilás do Metrô e CPTM funcionam normalmente. EMTU e SPTrans reforçam ônibus
Por Plox
23/03/2023 10h11 - Atualizado há cerca de 2 anos
Uma greve dos metroviários em São Paulo paralisou as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata nesta quinta-feira (23), deixando os usuários pegos de surpresa e aglomerados em frente às estações. Apesar da Companhia aceitar a liberação das catracas para encerrar a paralisação, as estações continuaram fechadas. As três linhas afetadas pela greve respondem por 90% dos 2,8 milhões de passageiros transportados por dia por todo o Metrô de São Paulo.
Por conta da paralisação, a CPTM, que opera normalmente, registrou lotação e longas filas para acessar as catracas, além de dificuldades para embarcar nos ônibus alternativos e solicitar veículos por aplicativo. No entanto, as linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô e CPTM funcionaram normalmente. A EMTU informou que suas linhas também operaram normalmente e que reforçou especialmente as integradas ao Metrô e à CPTM.
O rodízio municipal de veículos foi suspenso, mas a Zona Azul e a proibição de circulação de carros nos corredores de ônibus continuaram valendo, assim como a Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF).

A SPTrans criou duas linhas e reforçou a frota de 13 já existentes para atender aos usuários. Além disso, a linha 178Y/10 Vila Amélia - Metrô Jardim São Paulo foi prolongada até o Metrô Santana, onde há mais opções de linhas de ônibus municipais para a integração. As linhas 5022/10 Vila Santa Margarida - Jabaquara, 5018/10 Shopping Interlagos - Jabaquara e 5018/31 Shopping Interlagos - Jabaquara deverão operar em sistema circular no Metrô Jabaquara.
O Sindicato dos Metroviários informou que a categoria cobra o pagamento do abono, a revogação de demissões por aposentadoria e outros desligamentos realizados em 2019, além de pedir novas contratações. A empresa disse que empenhou esforços para atender os pleitos do sindicato, mas que a realidade econômica da companhia "não possibilita o pagamento de abono salarial neste momento". A empresa disse ainda que teve "significativas quedas de arrecadação pela pandemia e não teve ainda o retorno total da demanda de passageiros, se comparada a 2019".
Os grevistas chegaram a propor um dia de catraca livre como alternativa para não prejudicar a população, mas não foi aceito por questões de segurança. O sindicato afirmou que a previsão era de que as estações voltassem a operar por volta das 11h.
