Paciente de hospital em Ipatinga é denunciado por importunação sexual durante massagem realizada por cuidadora

Na tarde dessa quarta-feira (22), a Polícia Militar (PM) recebeu uma denúncia de importunação sexual ocorrido em um hospital em Ipatinga. Segundo relato da denunciante, uma mulher de 29, ela estava trabalhando como cuidadora e havia passado a noite com um paciente de 53 anos, que estava internado no centro médico.

A vítima relatou que o paciente solicitou que ela realizasse massagem em sua perna, e que no momento em que ela atendia a solicitação, o homem retirou o seu pênis para fora do avental e começou a se masturbar na presença da vítima. 

Ao chegarem no hospital, os militares fizeram contato com a funcionária responsável por aquele setor. A PM solicitou a ela um local reservado para que fosse repassado a situação, sendo que ela, após se inteirar dos fatos, pediu para que aguardassem a presença da assistente social que também se fez presente. 

Os policiais juntamente com alguns funcionários que estavam de plantão se deslocaram para o quarto onde se encontrava o autor da importunação sexual. Conforme relatos dos militares, o homem fez vários questionamentos a respeito da legalidade da ação policial, no qual foram todos respondidos prontamente pelos militares.

Vítima relata detalhes da importunação sexual

A vítima informou aos militares que realizava o trabalho de cuidadora e que por volta das 3h40, o paciente se levantou, sentou-se e pediu a acompanhante para molhar as costas dele.

A mulher pegou um papel toalha e realizou o seu pedido, molhando suas costas e cabeça. Logo após ele deitou novamente. Neste momento, o autor se dirigiu a vítima com a seguinte frase: “não é abusando de sua boa vontade, vou pedir para você fazer uma massagem na minha perna que fez cirurgia”.

A cuidadora realizou o pedido por cerca de 10 minutos e logo em seguida o autor falou: “agora passa para a próxima perna”. Enquanto era feito a massagem, o paciente dizia que estava “tão gostoso”.

O homem estava sem cueca e com pênis ereto, momento que a vítima percebeu que ele estava se masturbando. A cuidadora constrangida com a atitude do paciente, jogou a toalha nele e disse que iria tomar uma água.

Segundo relatos dela, quando retornou ao quarto, o homem pediu desculpas. “Me desculpa, tem muito tempo que não me sentia tão duro”, disse o autor.

A mulher ficou sentada até a outra técnica de enfermagem voltar, e após ela retornar, disse à colega de profissão que estava indo embora. 

A vítima foi indagada sobre a hora que acionou a PM, e informou que após encerrar o serviço na cidade de Coronel Fabriciano, foi ate à Polícia Civil, onde foi informada por um rapaz que saía da Delegacia que o registro de Boletim de Ocorrência (BO) encerrava às 13h.

Em seguida ela ligou para a PM via 190, e lhe deram a informação que deveria retorna à Delegacia ás 14h. No trajeto, ela viu uma viatura da PM, e os militares a orientaram a ligar novamente para o 190.

Autor nega a denúncia

O paciente negou todos os fatos narrados pela vítima e ainda relatou que sua situação é complicada e que tem muita pouca mobilidade em razão das cirurgias que realizou.

Ele também disse que todas as manobras feitas pela cuidadora em sua perna, são as mesmas que ele faz para aliviar as dores. Quanto à denúncia de masturbação, o homem relatou aos militares que devido ao fato de ele estar usando camisola, ao mexer as pernas o órgão genital apareceu e ela não gostou.

Importunação Sexual é Crime

A importunação sexual é um crime previsto na lei 13.718/2018, que entrou em vigor em setembro de 2018. O crime consiste em "praticar contra alguém e sem sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro".

A pena prevista para esse crime é de um a cinco anos de prisão. A legislação brasileira também prevê agravamento da pena caso o crime seja cometido com violência ou grave ameaça.

A Polícia Militar reforça a importância de denunciar casos de importunação sexual. A denúncia pode ser feita através do telefone 190 ou em qualquer delegacia de polícia. A vítima também pode procurar uma Delegacia da Mulher para fazer a denúncia.