Hipertensão: uma doença silenciosa que pode ser fatal se não for prevenida e tratada

Doença sem sintomas atinge 38 milhões de brasileiros e pode comprometer órgãos vitais se não for tratada a tempo

Por Plox

23/04/2025 21h22 - Atualizado há cerca de 7 horas

No próximo dia 26 de abril, o Brasil se mobiliza para lembrar o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, uma data fundamental para conscientizar a população sobre os perigos de uma das doenças crônicas mais prevalentes no país.


Imagem Foto: Divulgação


Silenciosa e muitas vezes sem sintomas evidentes, a hipertensão pode evoluir de maneira discreta, comprometendo órgãos vitais como coração, rins, cérebro e olhos, segundo alerta o cardiologista Dr. Renato Lott Bezerra, da Fundação São Francisco Xavier (FSFX). De acordo com ele, trata-se de um problema persistente de pressão elevada, capaz de causar lesões nos vasos sanguíneos e graves consequências à saúde se não diagnosticado precocemente.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1,28 bilhão de adultos no mundo vivam com hipertensão, sendo que quase metade dessas pessoas sequer sabe que tem a doença. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) aponta que mais de 30% dos adultos são hipertensos — cerca de 38 milhões de pessoas — e, entre os idosos, esse índice ultrapassa os 60%. A hipertensão está entre os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, que matam uma pessoa a cada dois minutos no país.


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Dr. Renato destaca que os sintomas só costumam aparecer quando a doença já está em estágio avançado. “É nesse ponto que ela deixa de ser silenciosa para se tornar devastadora, muitas vezes com sequelas irreversíveis”, afirma. As possíveis consequências incluem infarto, insuficiência cardíaca, arritmias, comprometimento renal severo, AVC (derrame) e até cegueira devido à retinopatia hipertensiva.


Apesar dos riscos alarmantes, a boa notícia é que a hipertensão pode ser prevenida com atitudes simples. Alimentação balanceada e prática regular de exercícios são dois pilares fundamentais. “Reduzir o consumo de sal e produtos industrializados, e priorizar frutas, vegetais e grãos integrais é essencial”, explica o especialista.



Ele também recomenda ao menos 150 minutos semanais de atividade física, mesclando caminhadas, corridas e musculação. Além disso, ressalta a importância das consultas e exames periódicos, mesmo para quem não apresenta sintomas. “Fatores genéticos, envelhecimento e estilo de vida influenciam no desenvolvimento da condição, por isso o acompanhamento médico é imprescindível”, diz.


A hipertensão não tem cura, mas pode ser controlada com medidas adequadas. “Se não diagnosticamos, não controlamos. E, se não controlamos, a doença passa a nos controlar. A prevenção é o melhor caminho para viver mais e com qualidade”, finaliza Dr. Renato.



A Fundação São Francisco Xavier, onde atua o Dr. Renato, é uma entidade filantrópica em operação desde 1969. Com cerca de 6.200 colaboradores, administra o Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, com 70% de atendimentos pelo SUS, e o Hospital Municipal Carlos Chagas, em Itabira, com atendimento 100% SUS. Também gere a operadora Usisaúde, o Centro de Odontologia Integrada, o serviço Vita e o Colégio São Francisco Xavier, referência em educação na região do Vale do Aço.



A mensagem deixada pela campanha deste ano é clara: mesmo sem sintomas, a hipertensão representa um risco real e constante. Diagnóstico precoce, bons hábitos e acompanhamento médico são as chaves para uma vida mais longa e saudável.


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