Brasileiro é premiado na Alemanha por método que reduz dependência de petróleo
O engenheiro químico de Goiás, Flávio César Freire Baleeiro, venceu prêmio internacional com a pesquisa
Por Plox
23/05/2023 13h08 - Atualizado há mais de 1 ano
O engenheiro químico Flávio César Freire Baleeiro, 33 anos, foi o grande vencedor do prêmio Helmholtz, concedido anualmente pela Associação Helmholtz , na Alemanha, pela pesquisa que resulta na possibilidade da diminuição da dependência do petróleo. Flávio foi agraciado na categoria Terra e Meio Ambiente é um exemplo inspirador de como a pesquisa científica pode impactar positivamente o meio ambiente e a sociedade como um todo. E é com ele, direto da Alemanha, que a Plox bate um papo. Veja!
Flávio é goiano, formado em Engenharia Química pela Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) e fez pós graduação em Leipzig, cidade alemã. O brasileiro foi o vencedor do prêmio Helmholtz, concedido a cada dois anos pela Academia de Ciências e Humanidades de Berlim-Brandenburgo, na Alemanha, por contribuições importantes nos campos de humanidades, ciências sociais, matemática, ciências naturais, biologia, medicina e engenharia.
Uma Fermentação que Desafia o Petróleo
Flávio, ex-professor do Departamento de Química (Industrial) da IFG, trouxe à tona um novo horizonte com sua técnica de fermentação mixotrófica, que é a fusão de duas outras fermentações que resulta na possibilidade da diminuição da dependência do petróleo.
O método em questão faz uso de uma cultura mista de bactérias para converter resíduos orgânicos e capturar dióxido de carbono, produzindo químicos como ácido hexanoico e ácido octanoico.
Testes, Desafios e a Esperança de um Futuro Sustentável
Embora promissora, a fermentação mixotrófica ainda está em fase de testes intensivos para confirmar sua confiabilidade e viabilidade comercial frente à indústria do petróleo. Com isso, o trabalho desenvolvido por Flávio e sua equipe de aproximadamente 40 colaboradores já alcançou o nível 5 na escala Technology Readiness Level, um método de avaliação criado pela NASA para medir o grau de maturidade de uma tecnologia.
Nesse ponto, muitas tecnologias costumam falhar por questões econômicas. No entanto, Baleeiro vê a possibilidade de conseguir financiamento para pesquisa. O engenheiro enfatiza a necessidade de uma produção barata e eficiente para competir com o mercado do petróleo.