Prisão de PM do DF na operação Lesa Pátria

A operação está agora em sua 12ª fase.

Por Plox

23/05/2023 10h20 - Atualizado há mais de 1 ano

Brasília foi palco de uma onda de tensões e atos golpistas em 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e vandalizaram o Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF). Na sequência desses acontecimentos, a Polícia Federal lançou a Operação Lesa Pátria com o intuito de responsabilizar aqueles que possivelmente teriam contribuído, por ação ou omissão, para os eventos daquele dia. A operação está agora em sua 12ª fase.

 

 Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Major Silvestre de Alencar

Entre os envolvidos na investigação, o major da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Flávio Silvestre de Alencar, foi preso nesta etapa da operação. De acordo com as investigações, o major ordenou a retirada do Batalhão de Choque da área lateral do Congresso Nacional durante o ato golpista, com o objetivo de resgatar o comandante-geral da PMDF, coronel Fábio Augusto Vieira, e outros policiais que haviam sido feridos.

Os Mandados em Curso

A PF anunciou que a operação, autorizada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, inclui a execução de quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, todos no Distrito Federal. Inicialmente, foi noticiado que haveria dois mandados de prisão, mas essa informação foi posteriormente corrigida.

O Contexto da Ação do Major Alencar

O major Alencar já havia sido preso na quinta fase da operação, em fevereiro deste ano. Em depoimento à Polícia Federal, ele explicou que, ao saber do ferimento do coronel Vieira e de outros policiais, solicitou ao tenente Martins, líder da ação do Batalhão de Choque, que disponibilizasse quatro viaturas e 16 policiais para acompanhá-lo até o interior do Congresso Nacional, a fim de resgatar os policiais feridos.

Em resposta a questionamentos sobre a retirada do Batalhão de Choque ter facilitado a invasão do STF, o major Alencar disse que o confronto com os manifestantes não foi prejudicado pela retirada dos 16 policiais, pois entre 25 e 30 policiais permaneceram no local. Ele também alegou que o Batalhão de Choque não conseguiu conter os manifestantes porque acabaram as munições químicas.

A Situação dos Demais Investigados

Além do major Alencar, outras pessoas estão sob investigação. Na última semana, o ministro Alexandre de Moraes manteve a prisão do coronel da PMDF Jorge Eduardo Naime, chefe do Departamento de Operações da PMDF que estava de folga em 8 de janeiro.

Ademais, uma parte dos detidos por ações antidemocráticas já se tornou ré na Justiça. No total, a Procuradoria-Geral da República denunciou 1.390 pessoas, cuja acusação foi acatada pelo STF. A Corte começa, nesta terça-feira

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