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Minas Gerais registra aumento alarmante de incêndios em 2024
Bombeiros atendem 4,6 mil ocorrências até maio, superando anos anteriores
23/05/2024 às 11:51por Redação Plox
23/05/2024 às 11:51
— por Redação Plox
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Minas Gerais enfrenta um aumento significativo no número de incêndios em 2024. Nos primeiros cinco meses do ano, o Corpo de Bombeiros registrou 4.637 ocorrências, ultrapassando as médias dos mesmos períodos em 2022 e 2023. Somente em abril e maio, os bombeiros atenderam 999 chamadas a mais em comparação com o mês anterior.
Foto: Pixabay/Reprodução
Meses mais críticos
Os meses de abril e maio mostraram um aumento expressivo no número de incêndios, destacando-se como os períodos mais críticos até agora. Em abril, foram registradas 1.295 ocorrências, enquanto em maio, esse número saltou para 2.294. O tenente do Corpo de Bombeiros Henrique Barcellos explicou que "os incêndios nesse tipo de vegetação estão próximos a casas, parques municipais ou mesmo margens de rodovias que podem causar acidentes graves. Isso está muito ligado a manejo inadequado do fogo”.
Comparação com anos anteriores
Em comparação com 2023, houve um aumento de 43,42% no número de incêndios de janeiro a maio. Em relação ao mesmo período de 2022, o aumento foi de 27,32%. Estes dados evidenciam a gravidade da situação em 2024, que já supera os números totais de incidentes em anos anteriores.
Mês
2024
2023
2022
2021
2020
Total
Janeiro
231
55
116
491
97
990
Fevereiro
329
256
80
219
55
939
Março
488
802
872
738
358
3.258
Abril
1.295
525
1.028
1.928
824
5.600
Maio
2.294
1.595
1.546
2.707
1.542
9.684
Fonte: Corpo de Bombeiros de MG
Causas dos incêndios
Os incêndios em Minas Gerais são frequentemente causados por práticas inadequadas como a queima de lixo, limpeza de lotes e atividades de ecoturismo sem responsabilidade. Essas ações, muitas vezes realizadas sem os devidos cuidados, aumentam o risco de incêndios.
Corpo de Bombeiros assume coordenação em áreas de conservação
Neste ano, o Corpo de Bombeiros assumiu a responsabilidade pelo combate a incêndios nas unidades de conservação de Minas Gerais, que abrangem mais de 2 milhões de hectares. A corporação já criou um Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, que inclui monitoramento de focos de calor e apoio terrestre e aéreo.
"A gente vem se firmando no combate a desastres. E, diante dessa nova responsabilidade, focamos em prevenir, coordenar e combater os incêndios, como já é feito nas 95 unidades de conservação do estado. Os órgãos ambientais que já atuavam integrados a nós permanecem, mas a responsabilidade principal passa a ser dos bombeiros", afirmou o tenente Henrique Barcellos.
A partir de julho, a operação de reforço incluirá a montagem de bases operacionais em áreas frequentemente afetadas por incêndios e a contratação de 300 novos brigadistas para as unidades de conservação.