Glaucoma: doença silenciosa ameaça a visão e afeta milhares de brasileiros; especialista explica
No Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, o oftalmologista Dr. Silas Machado Franco reforça a importância do diagnóstico precoce e da prevenção para evitar a cegueira
Por Plox
23/05/2025 15h18 - Atualizado há 1 dia
Na próxima segunda, 26 de maio, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. A data busca conscientizar a população sobre os riscos dessa doença ocular que, de maneira silenciosa, pode causar a perda progressiva da visão e até levar à cegueira. O alerta é reforçado por especialistas da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), como o médico oftalmologista Dr. Silas Machado Franco, coordenador da oftalmologia do Hospital Márcio Cunha (HMC).
Segundo o Dr. Silas, o glaucoma compromete o nervo óptico, responsável por conduzir as imagens dos olhos até o cérebro. “A doença causa uma atrofia do nervo, formando uma escavação visível e provocando perda gradual da visão periférica, que pode chegar ao centro. Nos estágios iniciais, ela é praticamente imperceptível, o que faz do glaucoma uma ameaça silenciosa”, explica.
O tipo mais comum é o glaucoma crônico de ângulo aberto, que representa cerca de 90% dos casos. No entanto, há outras variações como o glaucoma de ângulo fechado, congênito (desde o nascimento) e o secundário, associado a doenças como diabetes, uso prolongado de corticoides e traumas oculares.

O diagnóstico precoce é essencial, já que os danos ao nervo óptico são irreversíveis. Exames oftalmológicos regulares são a principal forma de prevenção. Pessoas acima dos 40 anos devem consultar um oftalmologista anualmente ou a cada dois anos, especialmente se apresentarem fatores de risco. Acima dos 60, a recomendação é de consultas anuais.
Entre os principais fatores de risco estão: pressão intraocular elevada, histórico familiar, idade avançada, etnias específicas (negros e asiáticos), miopia, hipermetropia, diabetes, hipertensão e uso prolongado de corticoides.
O tratamento visa controlar a pressão intraocular e pode incluir colírios, procedimentos a laser ou cirurgia. “O sucesso depende da adesão do paciente e do acompanhamento com um especialista”, reforça Dr. Silas.
A Clínica de Olhos do HMC oferece estrutura completa com exames como tonometria, fundoscopia, OCT, campimetria automatizada, retinografia, gonioscopia e paquimetria corneana, proporcionando uma análise minuciosa das estruturas oculares.
Já em Itabira, o Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC), também administrado pela FSFX, oferece o Programa Glaucoma, do Governo Federal via SUS. Liderado pela Dra. Juliana Ayupe de Oliveira, o programa realiza cerca de 750 atendimentos mensais e já cadastrou aproximadamente 2.250 pacientes, que recebem acompanhamento regular, exames especializados e colírios gratuitamente.

“Apesar de ser a principal causa de cegueira irreversível no mundo, o glaucoma pode ser controlado se diagnosticado precocemente. A melhor medicina é a preventiva. Consultas regulares com um oftalmologista são fundamentais”, afirma Dr. Silas em sua mensagem pelo Dia Nacional de Combate ao Glaucoma.
A FSFX atua desde 1969 com unidades hospitalares em Ipatinga e Itabira, ambas com ampla oferta de serviços pelo SUS. Além disso, a instituição administra o plano de saúde Usisaúde, o Centro de Odontologia Integrada e o serviço Vita de Saúde Ocupacional, além do Colégio São Francisco Xavier, referência educacional na região do Vale do Aço.
Para mais informações sobre os serviços, acesse: www.fsfx.com.br.