Treinamentos para o crime: ex-Bope é preso por auxiliar Comando Vermelho no RJ

Investigações apontam que ex-policial cobrava por hora para ensinar táticas de combate a traficantes na Zona Oeste do Rio de Janeiro

Por Plox

23/05/2025 15h04 - Atualizado há 1 dia

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a atuação de Ronny Pessanha, ex-policial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), acusado de prestar treinamentos táticos a traficantes do Comando Vermelho na Zona Oeste da capital fluminense.


Imagem Foto: Rede Social /Reprodução


Conforme as apurações da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Pessanha cobrava até R$ 1,5 mil por hora para repassar técnicas de tiro e estratégias de combate. Em vídeos divulgados pela emissora CNN, que teve acesso exclusivo ao conteúdo, é possível ver traficantes armados com fuzis realizando simulações de incursões e atividades físicas sob a supervisão do ex-militar.



Além das imagens, a CNN também obteve mensagens e áudios nos quais Pessanha se identifica como uma “referência em incursões e treinamento de guerra”. Os registros evidenciam a relação direta entre o ex-policial e membros da organização criminosa.



Essa não foi a primeira vez que Pessanha teve envolvimento com o crime. Ele já havia sido preso em 2020 por vínculos com milícias, além de crimes como extorsão e grilagem de terras. Em 2022, foi oficialmente expulso da Polícia Militar. Após sua saída da prisão, passou a manter alianças com o tráfico na região.


Outro ponto destacado pelas investigações é que o ex-policial também fornecia veículos de luxo para os criminosos. Um dos casos identificados envolve a locação de um McLaren avaliado em R$ 2 milhões por R$ 460 mil. O carro teria sido alugado ao traficante conhecido como Paulista, que se encontra foragido.


Pessanha voltou a ser preso em março deste ano, no contexto da Operação Contenção, deflagrada pela Polícia Civil para desarticular quadrilhas atuantes na Zona Oeste. Ele, juntamente com os traficantes apelidados de Corolla e Paulista, foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de associação ao tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa.


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