Trump prepara nova fase de sanções contra ministros do STF
EUA avaliam incluir escritórios de advocacia das esposas de magistrados em novas medidas punitivas
Por Plox
23/05/2025 09h51 - Atualizado há 1 dia
O governo dos Estados Unidos, sob comando de Donald Trump, já prevê possíveis reações por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) diante das sanções que vêm sendo articuladas contra o ministro Alexandre de Moraes. Por conta disso, a gestão americana está preparando uma segunda fase dessas punições, que poderá atingir outros ministros da Corte e também seus familiares diretos.

Com base em levantamentos realizados pelo Departamento de Justiça dos EUA, foram identificados ministros do STF cujas esposas são proprietárias de escritórios de advocacia no Brasil. A avaliação dentro da Casa Branca é de que esses negócios representam uma importante fonte de renda para as famílias dos magistrados, o que justificaria sua inclusão em medidas restritivas com o objetivo de ampliar a eficácia das sanções.
A medida cogitada pelo governo americano visa aplicar bloqueios financeiros aos escritórios pertencentes às esposas de ministros como Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Caso o plano avance, empresas com qualquer tipo de relação comercial com os Estados Unidos, assim como cidadãos norte-americanos, estariam impedidos de contratar os serviços jurídicos desses estabelecimentos.
Na quarta-feira (21), o secretário de Estado Marco Rubio confirmou que o governo dos EUA está avaliando seriamente a imposição de sanções diretamente contra Alexandre de Moraes. Durante uma audiência no Congresso, ao ser questionado pelo deputado republicano Cory Mills, Rubio revelou que a aplicação da Lei Magnitsky está entre as possibilidades em análise. Essa legislação permite aos Estados Unidos adotar sanções contra autoridades estrangeiras envolvidas em corrupção ou violações de direitos humanos.
\"Isso está sendo analisado agora e há uma grande possibilidade de que isso aconteça\", afirmou Marco Rubio durante sua participação na audiência.
Essa declaração veio em meio a um momento de forte tensão diplomática, e representa um avanço nas intenções da administração Trump de confrontar membros do Judiciário brasileiro, considerados críticos à sua gestão e ao alinhamento político entre os dois países.
A ampliação das sanções, caso se concretize, poderá marcar uma escalada inédita nas relações entre os governos de Washington e Brasília, afetando não apenas as figuras públicas diretamente envolvidas, mas também seus entornos familiares e profissionais.