ViaMobilidade é multada após trem parar fora da plataforma na Linha 5-Lilás
Concessionária é punida pelo governo de SP com R$ 40 mil por falha operacional em Capão Redondo; é a segunda multa em menos de 15 dias
Por Plox
23/05/2025 15h34 - Atualizado há 1 dia
A ViaMobilidade, responsável pela operação da Linha 5-Lilás do metrô paulistano, foi novamente penalizada pelo governo do Estado de São Paulo. Desta vez, a concessionária recebeu uma multa no valor de R$ 40 mil após um trem ter parado fora da posição correta na plataforma da Estação Capão Redondo, Zona Sul da capital, no dia 4 de agosto de 2021.

A penalidade foi imposta pela Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões, vinculada à Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI), que rejeitou o recurso apresentado pela empresa. A justificativa da concessionária foi de que o ocorrido se deu por uma 'instabilidade pontual', que teria sido resolvida em menos de dez minutos com a atuação dos agentes de atendimento e segurança.
A decisão foi divulgada nesta sexta-feira (23) no Diário Oficial do Estado. Essa multa se soma a outra aplicada há menos de duas semanas: no dia 9 de maio, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) multou a empresa em quase R$ 40 milhões por atrasos nas obras da estação Santo Amaro, também na Linha 5-Lilás.
A revitalização da estação estava prevista para ser concluída em janeiro de 2022, mas o cronograma foi seriamente afetado após o desabamento de uma passarela metálica sobre o Rio Pinheiros em 2021, evento que deixou dois operários com ferimentos leves. A obra da passarela só foi retomada em julho de 2023, com a contratação de uma nova empresa, a EGTC Infra, e ainda segue em andamento.
Na ocasião do desabamento, a ViaMobilidade iniciou uma investigação para apurar as causas do acidente, mas até o momento não apresentou conclusões públicas. O valor de R$ 39.954.833,33 estipulado pela Artesp foi considerado como reequilíbrio financeiro em favor do governo paulista, conforme o contrato de concessão assinado em 2017.
A empresa, por sua vez, informou que aguarda notificação oficial da decisão para avaliação interna e orientação quanto às medidas contratuais a serem tomadas, reafirmando seu compromisso com a segurança dos usuários.