Gaeco realiza operação no Vale do Aço, em Valadares e outras cidades do Leste de Minas

Em Ipatinga, foi apreendido ao menos 32 kg de drogas, entre outros objetos. Ainda não há informações de quantas pessoas foram detidas

Por Plox

23/06/2023 10h54 - Atualizado há mais de 1 ano

Na manhã desta sexta-feira (23) o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), através do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado- GAECO Regional Governador Valadares e da 6ª Promotora Criminal em Governador Valadares, deflagrou a segunda fase da Operação Suíte, com o objetivo de investigar o ingresso de aparelhos celulares e outros objetos proibidos em estabelecimento prisional, crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico de drogas, praticados por organização criminosa. 

 

Materiais apreendidos durante a operação. Foto: Enviada à Plox.

A operação também foi realizada em outras cidades do Leste de Minas Gerais, inclusive em cidades da Região Metropolitana do Vale do Aço.

Foram cumpridos trinta mandados de prisão preventiva e trinta e dois mandados de busca e apreensão, determinados pelo Juízo da Segunda Vara Criminal da Comarca de Valadares e foram cumpridos nas seguintes cidades mineiras Governador Valadares, Frei Inocêncio, Conselheiro Pena, Coronel Fabriciano, Timóteo, Conselheiro Lafaiete, Mateus Leme, Contagem e Carmo do Paranaíba e em Rio Bananal/ES, Curvelândia/MT e São Paulo/SP.

Drogas apreendidas pelo Gaeco de Ipatinga. Foto: Reprodução.

Houve seis prisões em flagrante delito e três seguem foragidos.

A deflagração da operação contou com o apoio da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Corregedoria da Secretaria de Estado e Justiça e Segurança Pública do Estado de Minas Gerais, GAECO/BH, GAECO/Ipatinga e GAECO/Patos de Minas, e dos GAECOS dos Estados de São Paulo, Matogrosso e Espírito Santo, Polícia Militar e Polícia Civil do Estado do Mato Grosso e Polícia Civil do Estado de São Paulo.

No município valadarense, ao todo sete homens e três mulheres foram encaminhados para a Delegacia.

Operação em Governador Valadares. Foto: Reprodução.

 

Investigação

A investigação visa apurar a existência de organização criminosa que facilita, mediante pagamento, o ingresso de aparelhos celulares, drogas e itens proibidos em estabelecimento prisional e o consequente uso e comércio destes itens pelos custodiados. 

Assim que chegavam à unidade prisional os presos/condenados eram alocados provisoriamente em uma cela conhecida por “Suíte”, onde eram informados sobre como funcionava o “esquema” para ter acesso a aparelhos celulares, celas com sinal de celular, objetos proibidos na unidade etc.  A facilitação para o ingresso dos referidos itens envolvia servidores públicos, presos integrantes de organizações criminosas e presos escolhidos como “faxinas” nos pavilhões. 

A operação também apreendeu armar. Foto: Reprodução.

 

Os presos com acesso aos aparelhos continuavam a comandar o tráfico de drogas e crimes violentos nos territórios respectivos e ainda auferiam lucros com aluguéis ou revendas dos itens aos demais presos da unidade prisional.

Entre janeiro de 2020 e novembro de 2021, considerando que durante a maior parte do período a visitação social foi suspensa em razão a pandemia, foram apreendidos 359 (trezentos e cinquenta e nove) aparelhos celulares dentro da unidade prisional

Participaram da operação 9 (nove) promotores de justiça dos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Espírito Santo, 115 (cento quinze) policiais militares, sendo 4 (quatro) destes da 5º Base Regional de Aviação do Estado (5ª Brave), 2 (dois) policiais civis, 4 (quatro) policiais penais e dois oficiais de justiça do Estado de Minas Gerais, 1 (um) policial civil e 7 (sete) policiais militares do Estado do Mato Grosso, 12 (doze) policiais militares do Estado do Espírito Santo, 6 (seis) policiais civis do Estado de São Paulo.

Os números ainda estão sendo atualizados.

A apuração segue em segredo de justiça.

 

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