Governo reforça combate a incêndios no Pantanal
Força nacional e aviões do ICMBio chegam para enfrentar chamas crescentes
Por Plox
23/06/2024 12h04 - Atualizado há 4 meses
O Pantanal enfrenta um aumento significativo nos focos de incêndio, superando os registros dos primeiros seis meses de 2020, ano que detinha o recorde de queimadas. Para combater o fogo, o governo federal enviará mais de 50 homens da Força Nacional de Segurança a Corumbá, Mato Grosso do Sul (MS), acompanhados de equipamentos específicos. A ação contará ainda com o apoio de quatro aeronaves do Exército e três do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Aeronaves reforçam combate às chamas
Dois aviões do ICMBio já chegaram a Corumbá no sábado (22), enquanto os demais são esperados ainda nesta semana. A cidade é o centro logístico para o combate aos incêndios na região pantaneira do MS, onde a maioria dos focos está concentrada. O reforço foi solicitado pelo Governo do Mato Grosso do Sul devido ao aumento dos incêndios florestais. Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento do MS, destacou: "Recebemos o contato, onde foi confirmado o deslocamento de duas aeronaves Air Tractor e mais um helicóptero para apoiar o combate no Pantanal. Este pedido nosso foi apresentado na semana passada durante a reunião com o Ministério do Meio Ambiente, em Campo Grande".
Desde sexta-feira (21), três aeronaves das forças de segurança do MS estão em operação na região. Segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a área queimada no Pantanal, que abrange também parte do Mato Grosso (MT), já atinge 541,5 mil hectares, sendo 398,6 mil hectares no MS e 140,9 mil no MT.
Aumento de focos de incêndio preocupa autoridades
Dados do Programa de BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revelam que o número de focos de incêndio no Pantanal em 2024 já supera em 8% o registrado entre 1º de janeiro e 19 de junho de 2020. O fogo, embora seja um elemento natural do Pantanal, foi exacerbado este ano por eventos climáticos adversos, como seca severa e estiagem, que anteciparam a temporada de incêndios, originalmente esperada entre o final de julho e agosto.
Especialistas apontam que o aumento exponencial dos focos de incêndio ainda em junho se deve à antecipação da temporada de queimadas, agravada pelas condições climáticas. A situação demanda uma resposta coordenada e eficaz para proteger o bioma e suas riquezas naturais.