Damares alerta: 'cuidado' com aliança de Bolsonaro e Ciro Gomes

“Cuidado, direita! Este homem me chamava de bandida por não concordar com a minha posição conservadora. Agora ele quer aliança com a gente?”

Foto: Agência Senado

No comentário publicado, Damares se referiu a um episódio de 2020, quando Ciro, então ex-governador e em pleno embate ideológico, classificou a senadora como uma “bandida nazifascista da quadrilha” do governo Bolsonaro. A frase motivou uma queixa-crime, e, em 2024, o político acabou recebendo formalmente a condição de réu pela Justiça.

Além do histórico pessoal, Damares destaca divergências políticas recentes entre os grupos. No Ceará, Ciro buscou aproximações com a direita, reunindo-se com lideranças do PL, União Brasil e Progressistas. Em maio, durante um encontro na Assembleia Legislativa do Ceará, elogiou o deputado Alcides Fernandes (PL) ao sugerir que ele poderia disputar uma vaga no Senado.

Ela também relembra o impacto das eleições municipais de Fortaleza, em 2024, que escancarou divisões internas no PDT: o comitê liderado por José Sarto nem chegou ao segundo turno, que ficou entre o PL e o PT. Embora o PDT tenha se declarado neutro, figuras como André Figueiredo participaram de atos do PT, enquanto Roberto Cláudio apoiou o PL.

O comentário de Damares reforça sua preocupação com a construção de alianças que, na visão dela, poderiam unir adversários ideológicos contra uma base conservadora unida, especialmente para as eleições de 2026.

Ela conclui questionando se esse tipo de parceria compõe o cenário desejado pelo eleitorado alinhado ao conservadorismo, fechando seu alerta com um “cuidado, direita”.