Líder supremo do Irã, aiatolá Khamenei reage e ameaça punição após ataques dos EUA

Após os recentes ataques realizados pelos Estados Unidos contra três instalações nucleares iranianas, o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, se manifestou pela primeira vez por meio de uma publicação na rede X (antigo Twitter).

Foto: Facebook, Wikimedia Commons, Reprodução

Sem mencionar diretamente os EUA, Khamenei responsabilizou o que chamou de 'inimigo sionista' e declarou que esse inimigo cometeu um erro grave, devendo ser punido. As ofensivas norte-americanas ocorreram no último sábado (21), intensificando ainda mais a tensão entre as nações envolvidas.

Ali Hosseini Khamenei, nascido em 1939 na cidade de Mashhad — a segunda maior do país —, ocupa o cargo de líder supremo do Irã desde 1989, após a morte de Ruhollah Khomeini. Antes disso, exerceu a presidência entre 1981 e o ano de sua nomeação como chefe máximo da República Islâmica.

Sua trajetória política é marcada por prisões e torturas, sofridas à época do regime monárquico pela SAVAK, a polícia secreta do xá. Durante um atentado em 1981, uma bomba escondida em um gravador explodiu enquanto discursava em uma mesquita, deixando-o com sequelas permanentes, incluindo a perda de movimento no braço direito.

Hoje, além de ser a figura central do governo iraniano, Khamenei tem autoridade para nomear altos funcionários, vetar leis, declarar guerra ou paz, e influenciar todas as políticas do Estado, inclusive os meios de comunicação. Ele também define quem pode ou não se candidatar a cargos públicos.

Em meio aos conflitos recentes com Israel e os EUA, Khamenei reafirmou sua oposição ao que classificou como imposições externas, dizendo que o Irã 'nunca se renderá'. Ainda durante testes com mísseis hipersônicos, declarou que seu povo rejeita tanto guerras impostas quanto acordos de paz forçados.

Residente em um complexo no centro de Teerã, ele vive com a esposa, Mansoureh Khojasteh Baqerzadeh, e é pai de seis filhos — quatro homens e duas mulheres.

O posicionamento de Khamenei reacende os alertas sobre uma possível escalada na já delicada situação geopolítica envolvendo o Oriente Médio e as potências ocidentais.