Tio e sobrinho são mortos em ocorrências distintas no mesmo dia em Caratinga
A Polícia Civil investiga as ocorrências separadamente e, até o momento, não há indícios de que os crimes estejam relacionados, apesar do vínculo familiar entre os mortos.
Por Plox
23/06/2025 08h31 - Atualizado há 1 dia
Caratinga viveu uma quinta-feira (19) marcada pela violência, com o registro de dois homicídios em situações distintas envolvendo tio e sobrinho. As ocorrências aconteceram em diferentes bairros da cidade e, apesar do parentesco entre as vítimas, a Polícia Civil trata os casos como independentes. Um dos suspeitos foi preso em flagrante; os demais envolvidos seguem foragidos.

No início da tarde, no bairro Salatiel, Douglas Vitor da Silva, de 41 anos, foi morto a facadas após uma briga com outro homem. Segundo a Polícia Militar, câmeras de segurança mostraram o momento em que a vítima atinge o suspeito com um pedaço de madeira. Na sequência, o agressor reage com diversos golpes de faca. Uma mulher também ficou ferida durante a confusão e precisou ser encaminhada ao hospital.
Relatos de testemunhas indicam que a discussão teria sido motivada por um desentendimento relacionado à suposta retirada de dinheiro, fato que já havia sido comunicado à polícia anteriormente. Após o crime, o autor fugiu em direção ao bairro Zacarias, onde teria abandonado a arma utilizada. Ele foi localizado pouco depois, com a camisa manchada de sangue, sendo preso em flagrante. A faca e a roupa foram apreendidas.
Horas depois, já à noite, um segundo assassinato foi registrado, desta vez na Rua Adolfo de Matos, no bairro Nossa Senhora Aparecida. Alexandre Jones da Silva, de 26 anos, sobrinho de Douglas, foi surpreendido por dois homens em uma motocicleta preta enquanto caminhava. Ele foi atingido por diversos disparos de arma de fogo e morreu no local.
A perícia técnica constatou perfurações por tiros de calibre 9mm na cabeça, tronco e membros. Estojos e fragmentos foram recolhidos na cena. Testemunhas informaram que os autores fugiram logo após o ataque. Um carro que passava pelo local também teria sido atingido, mas o motorista saiu antes da chegada da PM e ainda não foi identificado.
A comunidade demonstrou receio em colaborar com informações, e a Polícia Civil segue investigando os dois casos. Até o momento, não há evidências que conectem os crimes além do laço familiar entre as vítimas.