Assassinato de prefeito de Naque não foi em legítima defesa, afirma delegado

Segundo a PC, o parlamentar foi o agente provocador que levou à execução do prefeito

Por Plox

23/07/2019 15h07 - Atualizado há quase 5 anos

Na manhã desta terça-feira (23), foi realizada a reconstituição do momento do assassinato do ex-prefeito de Naque,  Hélio Pinto de Carvalho, o Hélio da Fazendinha, morto pelo vereador Marcos  Alves de Lima (PSDC), conhecido como Marquinhos do Depósito, no último dia 13 de julho. 

Desde o primeiro momento, o vereador disse ter agido em legítima defesa, mas conforme afirmações do delegado João Luiz Martins, após os trabalhos de apuração, o parlamentar foi o agente provocador do crime, o que exclui as chances de legítima defesa.

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“Desde o princípio de todo o desenrolar do crime, o agente provocador é o autor, é o Marcos Alves de Lima. Não há que se falar em legítima defesa. Não foi Hélio que começou a discussão, não foi ele que iniciou as agressões. Os disparos de arma de fogo não são em decorrência da agressão feita pelo Hélio. O agente provocador que desfere um soco na face do Hélio é o Marcos Alves de Lima, e isso ficou muito claro aqui durante a execução”, afirmou o delegado.

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O delegado ainda explicou que todos os fatos que ocorreram até o momento do assassinato foram em decorrência do soco inicial dado pelo vereador.

Em um segundo momento, conforme o delegado, o vereador faz uma segunda provocação, o que deixa clara suas intenções para com o prefeito, em que ele diz: “Bate, Hélio! Pode bater! Bate pra eu te matar”.

De acordo com advogado de defesa, Evaldo Braga, “o delegado está tentando produzir uma prova que a defesa entende não ser dessa forma que os fatos se deram”, disse.  

Foto: Divulgaçãovereador-naque

O vereador Marquinhos do Depósito não compareceu na reconstituição do crime, por conta de um requerimento feito pelo advogado de defesa junto à Delegacia de Polícia para que ele não fosse reconduzido para o local do crime. “Nós fizemos o pedido e o delegado acatou, porque nós entendemos que ele não é obrigado a produzir provas contra si mesmo”, afirmou  o advogado.

O vereador, que é réu confesso, permanece preso na cadeia de Açucena-MG.
 

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