Médico é denunciado por importunação sexual em UBS

Paciente do Vale do Amanhecer relata assédio por parte de médico da UBS nº 8, que se descreveu como "ninfomaníaco" e a chamou de "gostosa".

Por Plox

23/07/2024 13h48 - Atualizado há cerca de 2 meses

Uma paciente de 37 anos denunciou um médico da Unidade Básica de Saúde (UBS) nº 8 do Vale do Amanhecer por importunação sexual. O caso teria ocorrido no último dia 15 e foi registrado na Ouvidoria-Geral do Distrito Federal e na 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina).

Relato da paciente

A vítima, uma merendeira contratada pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), buscou atendimento na UBS após uma crise de fibromialgia. Ela relata que durante a consulta, o médico desviou a conversa para comentários inapropriados, afirmando ser “ninfomaníaco” e a chamando de “gostosa”.

“Depois que apresentei minhas queixas, fui surpreendida com a resposta desse médico. Ele disse que eu era linda, mas estava gorda e tinha de emagrecer. Falou, ainda, que eu fazia ‘o tipo de mulher’ de quem ele gostava e que, se eu não fosse casada, ele me chamaria para sair”, contou a vítima.

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Comentários inapropriados

Além disso, o médico teria feito comentários sobre seu próprio peso e desempenho sexual, mencionando que “o peso dele o atrapalhava muito” e que começou a se cuidar após ficar “brocha”. A paciente também relatou que o médico disse não ter reparado quando ela se sentou na cadeira do consultório, mas que sua bunda deveria ser “muito grande e bonita”.

Ação constrangedora

O comportamento inadequado do médico escalou quando ele trancou a porta do consultório, levantou a blusa, tirou o cinto da calça e pediu para a paciente olhar seu abdômen. A situação só foi interrompida pela entrada de uma enfermeira.

“Fiquei completamente sem reação. Ele me falou que também era gordo e que isso atrapalhou muito a vida sexual dele, porque é ninfomaníaco, viciado em sexo”, relatou a denunciante.

Intervenção da enfermeira

Ao entrar na sala para trocar uma receita médica, a enfermeira presenciou o médico respondendo que ela deveria mandar a outra paciente “enfiar uma rola no cu”. A vítima aproveitou o momento para pegar sua receita e sair do consultório, ainda constrangida.

Investigação em curso

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e pela Comissão Especial de Prevenção e Combate ao Assédio do Distrito Federal. Até o momento, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) não se pronunciou sobre o ocorrido.

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