Vírus letal Nipah provoca morte na Índia e gera alerta da OMS

Morte de adolescente em Kerala destaca risco epidêmico do vírus

Por Plox

23/07/2024 13h54 - Atualizado há cerca de 1 mês

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está em alerta máximo devido à recente morte de um adolescente de 14 anos na Índia, vítima do vírus Nipah (NiV). Este vírus, altamente letal e capaz de provocar epidemias, ataca o cérebro e é conhecido por sua fácil transmissão.

Alerta em Kerala

O falecimento ocorreu no estado de Kerala, onde mais de 200 pessoas que tiveram contato com a vítima estão sendo monitoradas, com 60 delas consideradas em alto risco. As autoridades locais aconselharam os moradores a usarem máscaras como medida preventiva.

Pixabay

Compreendendo o vírus

Em 2018, a OMS publicou um artigo detalhando as características do Nipah, suas causas, sinais e sintomas. O vírus é zoonótico, transmitido de animais para humanos, e pode ser passado por alimentos contaminados ou de pessoa para pessoa. Ele provoca doenças respiratórias agudas e encefalite fatal, com uma taxa de mortalidade entre 40% e 75%.

Hospedeiros e transmissão

Os porcos e morcegos são os principais transmissores do Nipah, sendo os morcegos os hospedeiros naturais. Até o momento, não há vacinas ou tratamentos disponíveis contra o vírus, que já estava na lista de prioridades da OMS para pesquisas urgentes desde 2018.

Sintomas do Nipah

Os infectados pelo Nipah podem apresentar sintomas como febre, dores de cabeça, musculares, vômitos e dores na garganta. Em casos graves, pode haver tontura, sonolência, alterações na consciência e sinais neurológicos, que indicam encefalite aguda. Outros sintomas graves incluem pneumonia atípica, problemas respiratórios severos e convulsões, podendo levar ao coma em 24 a 48 horas.

Histórico de surtos

O Nipah não é um vírus novo. O primeiro surto ocorreu em 1999, entre criadores de porcos na Malásia. Desde então, surtos foram registrados na Índia e em outros países como Camboja, Gana, Indonésia, Madagascar, Filipinas e Tailândia.

Prevenção de surtos

Para prevenir novos surtos, a OMS recomenda a limpeza e desinfecção rigorosa das fazendas de suínos e a imediata quarentena das instalações em caso de suspeita. A prevenção inclui também evitar o acesso de morcegos a seiva de tamareira e alimentos frescos, usando coberturas protetoras e vestindo roupas de proteção ao manusear animais doentes ou durante procedimentos de abate.

Entre seres humanos, a OMS aconselha evitar contato físico próximo e desprotegido com pessoas infectadas e manter a higiene das mãos após cuidar ou visitar pessoas doentes.

Destaques