Erika Hilton processa Eduardo Bolsonaro por transfobia nas redes
Deputada pede R$ 20 mil de indenização após ser chamada de 'João' por Eduardo Bolsonaro
Por Plox
23/07/2025 11h12 - Atualizado há 10 dias
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) entrou com uma ação judicial contra o também deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusando-o de transfobia em uma postagem publicada nas redes sociais. A ação foi registrada na 1ª Vara do Juizado Especial Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo e inclui um pedido de indenização por danos morais no valor de R$ 20 mil.

Além do pedido financeiro, Erika solicita à Justiça que a publicação feita por Eduardo Bolsonaro seja removida e que ele fique proibido de realizar novas manifestações com o mesmo teor. A parlamentar alega que foi alvo de ofensa direta quando o deputado a chamou de “João” em resposta a uma postagem feita por ela nas redes sociais.
O episódio teve início no dia 10 de julho, quando Erika Hilton publicou um conteúdo nas redes sociais em que solicitava medidas judiciais contra Eduardo Bolsonaro. Na postagem, ela responsabilizou o deputado por influenciar o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a aplicar uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras.
Na publicação, a deputada escreveu:
“Estou pedindo à Justiça o bloqueio de bens, doações, contas bancárias e perfis em redes sociais de Eduardo Bolsonaro, assim como sua condenação pelo crime de lesa-pátria”
, apontando que o parlamentar teria organizado nas redes um movimento de apoio a Trump e estímulo a novos ataques contra o Brasil.
Três dias depois, em 13 de julho, Eduardo Bolsonaro respondeu à acusação com uma publicação polêmica. No texto, ele se referiu a Erika como “João” e acrescentou um tom de deboche:
“Não sabia que o João havia pedido bloqueio dos meus bens. João, óh, futebol sábado hein! Não vai faltar”
. Essa mensagem segue ativa nas redes e foi incluída por Erika como prova no processo.
A defesa da deputada afirma que a postagem fere sua identidade de gênero e representa um ato de transfobia, solicitando que o deputado seja responsabilizado pelos danos causados.
O caso agora segue para análise da Justiça paulista, onde será avaliado se a publicação caracteriza ou não ofensa à honra e à identidade da parlamentar.