Especialistas do HMC alertam para aumento do câncer de cabeça e pescoço entre jovens

Tabagismo, álcool e HPV estão entre os principais fatores de risco; Hospital Márcio Cunha alerta sobre importância do diagnóstico precoce

Por Plox

23/07/2025 14h40 - Atualizado há 10 dias

Fumar, consumir bebidas alcoólicas com frequência e manter relações sexuais desprotegidas são comportamentos que, combinados, formam um dos principais gatilhos para o desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço. A doença, ainda pouco discutida, apresenta números preocupantes no Brasil: segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 41 mil novos casos são registrados por ano no país.


Embora a maior incidência atinja homens com mais de 40 anos, especialistas observam um aumento nos diagnósticos entre adultos jovens. Esse crescimento está ligado, especialmente, à infecção pelo vírus HPV, conforme alerta o cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital Márcio Cunha (HMC), Dr. Helder Ferreira. “Tabagismo, alcoolismo e HPV alteram diretamente o núcleo celular, provocando mutações genéticas e favorecendo o surgimento de tumores na mucosa da boca, faringe e laringe”, explica.


Imagem Foto: Divulgação


Entre os principais sinais de alerta estão nódulos no pescoço, feridas que não cicatrizam na boca ou garganta e rouquidão persistente por mais de três semanas. Esses sintomas nem sempre são identificados de imediato, o que torna o diagnóstico precoce um dos principais aliados no tratamento.


No mês de julho, a campanha Julho Verde reforça a importância da prevenção e da detecção precoce. Segundo Dr. Helder, hábitos como evitar o cigarro, o consumo excessivo de álcool e o sexo oral com múltiplos parceiros já reduzem consideravelmente o risco da doença. “A realização de check-ups anuais com otorrinolaringologista e cirurgião de cabeça e pescoço também é essencial”, complementa.


O Hospital Márcio Cunha, referência em oncologia no Vale do Aço e Leste de Minas, oferece tratamento integral aos pacientes por meio de uma estrutura moderna e uma equipe multidisciplinar. Psicólogos, fonoaudiólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e assistentes sociais compõem o suporte ao lado dos médicos especialistas. O tratamento inclui cirurgia, radioterapia e quimioterapia, conforme cada caso.


Com mais de 60 anos de atuação, o HMC é mantido pela Fundação São Francisco Xavier e dispõe de três unidades e 558 leitos. Em 2024, foram realizadas cerca de 33 mil sessões de quimioterapia e 18 mil de radioterapia. Reconhecido nacionalmente, o hospital foi o primeiro no país a obter acreditação máxima (ONA III) e é classificado entre os melhores do Brasil pela revista americana Newsweek.


Para os que enfrentam o câncer, Dr. Helder deixa uma mensagem de encorajamento: “Confie em Deus, confie no seu médico e nunca desista. Encare os desafios de frente, com a certeza de que serão vencidos. Todo o esforço valerá a pena.”


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