FAB alerta sobre risco de suspensão de voos por falta de combustível
Bloqueio de recursos compromete operações aéreas, inclusive para transporte de ministros
Por Plox
23/07/2025 11h23 - Atualizado há 9 dias
A Força Aérea Brasileira (FAB) emitiu um alerta preocupante sobre a possibilidade de paralisação de voos oficiais a partir de 3 de agosto, devido à escassez de querosene de aviação. A situação decorre do bloqueio de recursos no orçamento da Aeronáutica, o que compromete diretamente a continuidade das operações aéreas, inclusive aquelas que transportam ministros e outras autoridades públicas.

Segundo informações publicadas pela coluna de Andreza Matais, no portal Metrópoles, a FAB foi fortemente impactada pelo bloqueio de R$ 812,2 milhões imposto ao Comando da Aeronáutica (Comaer) ainda em maio deste ano. O contingenciamento de verbas atingiu praticamente todas as frentes de atuação da Força, incluindo áreas administrativas, logísticas e, especialmente, operacionais.
Além do transporte de autoridades, os voos também envolvem missões essenciais, como o deslocamento de órgãos para transplantes. Apesar do grave cenário financeiro, o governo federal determinou a criação de duas salas VIP para uso de autoridades durante a Conferência do Clima (COP 30), marcada para acontecer em Belém (PA).
Do montante total de R$ 29,4 bilhões destinado à Aeronáutica em 2025, aproximadamente R$ 23,7 bilhões já foram reservados para despesas com pessoal – salários, aposentadorias e pensões. Com isso, restam apenas R$ 2,2 bilhões para a compra de materiais de consumo, como combustível, e R$ 1,6 bilhão para investimentos.
A Força Aérea classificou os efeitos do bloqueio como 'severos', afetando diretamente a manutenção das aeronaves e a aquisição de insumos básicos
. Essa realidade impõe limitações concretas às operações e lança dúvidas sobre a continuidade de atividades cruciais nas próximas semanas.
A expectativa é que, sem liberação de recursos adicionais, os aviões da FAB não tenham condições operacionais para cumprir seus compromissos a partir do início de agosto.
Diante da gravidade da situação, cresce a pressão por uma solução urgente, sob pena de comprometer não só a logística governamental, mas também operações estratégicas de segurança, saúde e apoio institucional.