Day McCarthy é condenada à maior pena por injúria racial no Brasil

Justiça determina pena histórica de oito anos e nove meses de prisão em regime fechado por ofensas racistas contra Titi, filha de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank

Por Plox

23/08/2024 16h09 - Atualizado há 8 meses

A socialite Day McCarthy recebeu uma sentença inédita no Brasil, sendo condenada a oito anos e nove meses de prisão em regime fechado por comentários racistas dirigidos a Titi, filha do casal de atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. Esta é a maior pena já imposta pela Justiça brasileira por injúria racial, marcando um momento significativo na luta contra o racismo no país.

Foto: reprodução

Condenação histórica e possíveis desdobramentos

A decisão foi divulgada pelo advogado de McCarthy, Gil Ortuzal, que informou que a socialite, atualmente residindo entre o Canadá e os Estados Unidos, ainda pode recorrer da sentença. O caso está sendo julgado na Primeira Vara Criminal da Justiça Federal do Rio de Janeiro, e, caso a condenação seja mantida, Day McCarthy poderá enfrentar a extradição para cumprir a pena no Brasil, uma vez emitido o mandado de prisão.

Até o momento, Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank não se pronunciaram sobre a sentença.

Foto: reprodução/ redes sociais

Histórico de ofensas e consequências legais

O episódio que levou à condenação de McCarthy ocorreu em 2017, quando a socialite fez comentários pejorativos sobre a cor da pele e o cabelo de Titi, então com quatro anos. Em resposta ao incidente, Bruno Gagliasso declarou: "Eu senti, eu acho que o que qualquer ser humano decente sentiria, né? É tristeza. É uma sensação de impotência. Covardia, né? É uma criança."

Além da condenação criminal, McCarthy também foi sentenciada em um processo cível, sendo obrigada a pagar R$ 180 mil em indenizações por danos morais ao casal Gagliasso-Ewbank. O Ministério Público destacou que a socialite utilizou imagens de Titi sem a autorização dos pais, agravando ainda mais a situação.

Declarações polêmicas e acusações adicionais

Mesmo após a condenação, Day McCarthy continuou a causar controvérsia. Durante a audiência de custódia, realizada em maio deste ano, a socialite usou as redes sociais para atacar Giovanna Ewbank e o sistema judiciário. Em uma série de vídeos, ela expressou sua revolta, afirmando: "Primeiro que eu não vou aceitar desaforo de filha da puta nenhum, nem de magistrado. Por mim, que se foda! Pode mandar a Interpol atrás de mim por calúnia e difamação, mas eu não fiz nada!"

McCarthy também acusou o casal de atividades ilícitas, alegando que Bruno Gagliasso estaria envolvido em lavagem de dinheiro e evasão fiscal, e que Giovanna Ewbank teria ligações com o tráfico de drogas, supostamente associada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções criminosas do Brasil.

Repercussão do caso e posicionamento final de McCarthy

Apesar das acusações graves e das palavras ofensivas, Day McCarthy demonstrou desprezo pelas possíveis consequências legais, desafiando as autoridades brasileiras e o próprio sistema judicial. Ao final de sua série de vídeos, ela declarou: "Eu mandei todo mundo se foder, mando todo mundo se foder", mostrando que não pretende se retratar por suas declarações e ações.

 

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